... QUE DEIXÁMOS DITADORES
E TIRANOS DE MEIA TIGELA,
UM POUCO ESPALHADOS
POR TODO O NOSSO PAÍS!
A VASSOURA BEM RUIM
E A VELHA TENDÊNCIA LUSA,
PARA TUDO SER FEITO À TOA,
DEIXOU ISTO MUITO
FEDORENTO E EMPORCALHADO!
TAMBÉM HÁ QUEM DIGA
QUE TUDO ACONTECEU ASSIM,
(porque assim tinha de ser),
PORQUE RECORDAR É VIVER,
E OUTROS AINDA SONHAM,
COM O TEMPO A VOLTAR PRA TRÁS!
Parafraseando o notabilíssimo António Lobo Antunes nós até gostamos dos nossos ditadorzitos de trazer por casa, eles são muito estúpidos, pequeninos e muito feios, mas apesar disso o nosso país e as nossas gentes não se iriam sentir bem depois de 50 anos de ditadura com prisões, censuras, perseguições, torturas, proibições de reuniões e sem liberdade de expressão, não se mantivesse um pouco daquilo que o fado e a saudade portuguesa tanto anseia, manter a tradição, guardar um pouco do que tínhamos, recordar é viver, e assim ainda temos, mas em banho maria, e sem saltar muito às vistas que as amnistias internacionais e outros chatos estrangeiros passam o tempo a dizer mal de tudo e mais alguma coisa, os resquícios, as amostras, as pálidas imitações, as caricatas manifestações de ditadura, que às vezes parece limitada ao faz de conta e ser para português ver, mas cujos actores, de sua estupidez máxima, muito acima do que seria recomendado para fingir ser, de tão pequenos que parecem microscópicos e de tão grande fealdade se mostram que lhes sobe aos reduzidos neurónios um péssimo feitio, ainda mostram entusiasmo em perseguir e torturar, em abusar do poder, em fazer orelhas moucas a tudo o que é recomendável numa sociedade moral e legalista, e arranjam ou tentam silenciar quem fala, os jornais que se atrevam, e choram em birras de infantilidade que nos faz doer o coração, sofrem de não poder prender um ou outro e de poder mandar uns poucos para Peniche ou para o Tarrafal.
Engraçado como ficamos alegres quando temos por perto ,um desses ditadores de pasquim, hilariantes, vaidosos, arrogantes, mau feitio, cara feia, estúpidos pela quinta casa, e tão pequeninos que conseguem passar entre as regras das leis, entre a moral e a ética, e ainda brincam com as pessoas fazendo delas tontinhas, lhe provocando patifarias e outros desmandos. Tudo em tamanho miniatura, não fossem pequenos tiranos, que sempre dão um ar ao antigamente, quando se trabalhava de sol a sol, e não havia direitos para ninguém. Precisamos deles para nos recordarmos do que era a ditadura, do que era a opressão, e sempre se podem dar de exemplo para que a rapaziada jovem perceba fácil o que é o poder dado a meia dúzia de estúpidos, incompetentes e mau carácter.
O zé povinho adora isto assim mesmo. Democrático mas com cheirinhos do tempo em que os homens eram homens. Hoje, alguns dizem que só devem parecer q.b., demasiado fere interesses difusos e novos ventos da modernidade.
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