...no meu lugar foi outro
e eu fiquei à espera...
Tenho em minha posse um documento emitido pelo
Centro de Saúde de Portalegre - Extensão USF PORTUS ALACER
com o seguinte teor:
O utente PEDRO MANUEL RUIVO ALCOBIA CRUZ
tem consulta do tipo S.ADULTOS
marcada para o médico X
no dia 08/11/2016 nº de ordem 8 ás 10:45 horas
Data de Impressão 10 - 10 - 2016
Como sou um rigoroso observador da pontualidade, detestando chegar tarde a algum compromisso, antes da hora da Consulta Médica estava na Sala de Espera, confirmada junto do funcionário administrativo a marcação, e sentei-me aguardando diligentemente e com toda a paciência do mundo que chegasse a minha vez.
Sei pela natureza das coisas que é normal e do conhecimento de todos - tornando-se inofensivo costume - que raramente as consultas não sofrem algum atraso.
Não me preocupei absolutamente nada com o tempo que tivesse de esperar. É assim. Todavia quando estava a chegar uma hora de espera, e eu aguardando tranquilo, sai um doente e o acompanhante, e de repente eis que atravessa a sala um utente sem ser chamado, enunciando que era o utente das 11 horas.
Tal foi a sua velocidade, que nem pude tecer a esse utente qualquer tipo de chamada de atenção, mas verificando que esse utente me ultrapassava na ordem estabelecida pela marcação de consultas, me dirigi ao funcionário administrativo e lhe disse que o utente que acabava de entrar deveria, pela ordem das coisas, entrar depois de mim.
O funcionário verificou a situação. Foi para dentro das instalações, - deduzi, que eventualmente teria ido informar o médico da situação - regressou, nada me disse e eu continuei sentado a aguardar pelos acontecimentos.
Em seguida, achando que estava a mais, retirei-me, informando o funcionário que me ia embora.
Eu respeito a ordem. Respeito os outros. Mas para respeitar devo ser respeitado. E não fui. Fui alvo de um atropelo que em nada dignifica os procedimentos de um departamento da saúde com menções de qualidade e pessoas prestigiadas ali prestando serviço.
Com o direito à indignação, e considerando que o país só toma caminho quando as pessoas protestarem com correcção contra o que não estiver correcto, entendi que devia de algum modo manifestar estar inconformado com uma atitude, de facto sem grande importância, mas que não foi correcta.
Pensei escrever uma reclamação / sugestão no Livro Amarelo. E pareceu-me que após confirmação da existência de um erro grosseiro deveria a própria USF Portus Alacer tentar de modo eficaz corrigir a situação, aceitar o erro e procurar com bom senso dar-lhe correcção, contactando-me, querendo e marcar-me, logo que possível uma consulta.
Se isso se não verificar nos próximos dias, irei à USF Portus Alacer e nem que seja para manifestar a minha discordância utilizarei então o Livro Amarelo, por descargo de consciência e no uso dos meus direitos cívicos. Sei que estes livros muitas vezes são manipulados. Desaparecem. Umas vezes apresentam decisões em que o reclamante ainda tem de pedir desculpa tal o embrulho que se fez do caso, e de vítima virou culpado. E comigo, como é do conhecimento geral, uma reclamação que fiz nesse famoso Livro, leva à volta de 10 meses sem qualquer decisão, os médicos que me ultrajaram, atacaram, enganaram, gozaram continuam a trabalhar como nada fosse com eles. as hierarquias viraram cúmplices e nada fizeram, e o assunto ainda vai fazer correr muita tinta.
Lamento o ocorrido. Eu nunca provoco casos. São os casos que me provocam a mim. E eu, quem não sente não é filho de boa gente, e gato escaldado de água fria tem medo, sou obrigado a pensar livremente, a ter dúvidas, a achar que tudo o que me acontece parece mirabolante. Médicos que me atacam, a ULSNA, E.P.E. que me informou ter autorizado o pagamento de umas despesas minhas de transportes e por vingança não paga, e são os médicos canalhas, que me provocaram danos de todo o tipo e me vigarizaram, e cometeram crime. Isto é uma acção concertada? Ou trata-se de uma infeliz coincidência?
É que uma acção concertada pede uma resposta concertada. E conforme a música assim será a dança. Aprendi muito novo a dançar tudo o que apareça pela frente, pise ou não pise o parceiro. Venha a música. Se é uma coincidência, é mesmo muita infelicidade, tanta na mesma pessoa só.
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