Circunstâncias atenuantes:
- ter menos de 21 e mais de 70 anos de idade
- relevante valor social moral ou social
- reparar o dano antes do julgamento
- confissão espontânea
- sob influência da multidão
- sob pressão de forças e poderes
Estes médicos foram verdadeiros criminosos quando atacaram sem qualquer pudor, e prepositadamente um doente, um incapacitado e um homem debilitado acabado de ser aposentado por invalidez e detentor de incapacidade.
Os cobardes atacam os fracos pois não têm coragem para se meter com os do seu tamanho e os cretinos os atacam para se sentirem fortes.
O pior vem depois, quando um "fraco" além de se não deixar pisar, nem se deixar privar de um direito, e muito menos aceitar de ânimo leve a mediocridade dos que atentam contra a dignidade humana, a deontologia de sua profissão, e a legalidade a que estão obrigados constitucionalmente.
E é a própria Constituição que vem declarar que a Administração Pública através dos actos ou omissões dos seus funcionários é obrigada a responder civil e criminalmente e a pagar os danos eventualmente causados.
Este médicos - que mostraram saber bastante menos que o "bonus pater familias" - demonstraram uma incompetência assaz preocupante, ou uma maldade que justifica o seu afastamento imediato do cumprimento de funções públicos, e muito menos de autoridades.
Tenho pena. Como gente que deveria ser séria, deveria ter uma presença social elevada e exemplar, se mostra de uma pequenez a raspar a irracionalidade, de uma baixeza e falta de princípios, com desconhecimento dos valores éticos e morais, enfim, se mostram não valer quase nada.
Aguardo serenamente e com muita tranquilidade que se faça justiça, e preferentemente - as probabilidades estão todas aí - no local certo. Que se apure, de forma transparente - muitas vezes a justiça se não mostra igual para todos (basta entrar nas prisões e olhar) - quem incumpriu, quem agiu com intuitos malvados e de vingança, que se ache um culpado, e que o mesmo tenha que submeter-se a pena e a reparar os danos, que não são poucos.
Tenho pena. Gente que podia transmitir à sociedade civil uma imagem de estabilidade e de confiança, age de acordo com insondáveis desígnios que os leva mesmo, num acto anormal e nada inteligente, a baixar a incapacidade de um doente precisamente onde ele atesta com documentação de especialista estar pior.
Esse inquinado acto, sob o ponto de vista administrativo deve ser anulável. E a justiça só merecerá esse nome se a partir da data do delito, se repuser um valor, ou adequado às pioras certificadas, ou pelo menos igual ao que existia então.
Quanto ao Serviço de Saúde Pública, na minha modesta opinião, justifica que seja alvo de rigorosa inspecção, a fim de que se possa oferecer aos habitantes do distrito de Portalegre uma confiança necessária nos actos públicos. E, eventualmente se perceba se o que me fizeram mais não era que um "costume" hábil, de tirar a uns e dar a outros, de modo a satisfazer quem se queria e penalizar quem não é por nós.
Portugal, os portugueses, os norte alentejanos de Portalegre, a democracia portuguesa, a legalidade, os princípios que norteiam os actos administrativos, a moral, a ética, os valores, a confiança, a honra e a dignidade, mereciam mais.
Tenho pena, enquanto humanos, são dignos de dó, e já os perdoei. Não lhes guardo nem rancores nem ódios. Mas uma boa desculpa - que nunca ocorreu - não indemniza prejuízos, e perdoar não significa deixar impune, apoiar a cumplicidade canalha, aplaudir a ilegalidade, e simplesmente desistir.
Estou convencido que muitos sairiam a perder, e por eles devo lutar, para que possam confiar nas juntas em que têm de comparecer e percebam de uma vez por todas, que os médicos, sejam lá o que forem, e tenham os amigos que tiverem e a força de classe ou corporativista, não estão acima da lei, e faltando à verdade, cometendo ilicitudes, estão sujeitos como os demais ao julgamento, à pena e à reparação dos danos.
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