Deus me perdoe, primeiro foram os incêndios e o povo percebeu que nada funcionava. Que um eram doutores da mula russa, que outros andavam pareciam umas baratas tontas sem organização alguma, que os equipamentos que custavam milhões não eram eficazes, que a deriva deu no que todo o país viu. E como deu em triste notícia em tudo o que era comunicação social o Presidente fez voz grossa, atemoroziou o governo, caíram cabeças, demitiu-se a ministra, e o Presidente - estrictamente no âmbito dos seus poderes presidencialistas - até já veio na televisão dar o recado que o Governo tem que dobrar dinheiros no Orçamento do Estado para 2018.
Nunca se viu tão a nú a tal quimérica democracia de eu ando a falar faz muitos anos.
Como mantenho e afirmo aqui e em qualquer lugar que em portugal não há justiça, apenas a sua ideia, o estado de direito é ficção, e o direito é à "la carte", conforme o cliente. Basta ver as cadeias, ou seguir a justiça e ver o zé descalço cai preso por aquela palha e o douto poderoso devia lá estar e não entra.
Mas uma desgraça nunca vem só, infelizmente.
Logo a seguir e com honras de todos os media, dos ministros, do presidente e de todo o douto importante, morre-se por legionela, em dominó, parece que vamos no encalce de Vila Franca que nunca teve feliz desfeixo e pareve que as vítimas ainda nem conheceram justiça.
Temo. Temo muito. Ouvi com muita atenção a nova Directora-Geral de Saúde, que nas peugadas do anterior, também manifestamente tem dificuldades no português tal e qual se fala, não sendo capaz de interpretar um relatório médico, como vai ela, com aquele sorriso angelical, cuidar da desgraça de tantos?
Temo... Anda tudo louco. E como percebem os loucos assumidos os piores andam à solta não se medicam, ou são intrujões. O país anda de desgraça em desgraça. Ninguém se entende. Manda quem não sabe, quem sabe é doido, o barco vai mostrando que o capitão à muito deixou tudo à deriva. É o salve-se quem puder.
Venha o que vier, Deus proteja esta ditosa Pátria amada, como já disse Camões. Deus a proteja.
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