quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O PAI DA IMPUNIDADE E O PADRINHO DOS MÉDICOS VIOLADORES DA LEI E DA ÉTICA




Com um pai, um amigo e um padrinho assim, tudo parece fácil na vida.

O senhor Francisco George não foi um Drector-Geral de Saúde qualquer. Era milionário, andou na escola com gente grada, - Eduardo Barroso e Marcelo Rebelo de Sousa são exemplo - tem ligações de parentela a Almeida Santos. Enfim, com este curriculum só pode ser brilhante. Deve brevemente ser agraciado pelo Presidente da República por elevadíssimas serviços prestados ao país - o mais conhecido dos portugueses foi o seu esforço sobre humano a tentar salvar vidas dos portugueses contra a terrível gripe das galinhas, aparecendo a todas as horas nos telejornais a propagandear aquele elixir mágico que curava da morte e se levasse gente seguramente iria para o céu.

Ele é o padrinho dos médicos de saúde pública safadinhos que me fizeram uma Junta Médica surrealista. E o padrinho, através da actual Directora -Geral de Saúde, enviou-me uma carta fraterna, onde defende os médicos, e os ouve, e acha que analisados os relatórios onde fundamento a minha reclamação, eu não tenho razão.

É tipico de gente demasiado esclarecida - isto acontece frequentemente aos génios - apenas se esqueceu de fundamentar, isto é, explicar em termos de facto e de direito porque de um relatório médico, ao contrário do que o bom senso acolhe, enunciando que estou pior e com um elenco vastíssimo de situações novas e mais graves, e onde se declara eu estar incapaz definitivamente para o exercício da minha profissão, e dias depois de outra Junta Médica rigorosa, da Caixa Geral de Apoosentações me aposentar por incapacidade geral para o minha profissão, ele, e todos os médicos que sem dar a cara - isto é, lavando um pouco as mãos como pilatos e dizendo por outros - explicam que eu melhorei.

Há qualquer coisa que não bate bem nesta história.

Porque Suas Excelências não gostam de explicar com clareza as coisas? Ou não podem? Ou fazem parte como coniventes, desde o Presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, que me deu resposta pela mulher da estaística, aos que nada disseram, pelo menos não foram intrujões, mas desrespeitaram o meu direito de resposta e de informação, ao Senhor Francisco George que vai ser comendador ou algo mais? Coniventes ou cúmplices?

E a nova Directora-Geral, parece que não colhe os melhores amores do antigo chefe, e se calhar não é milionária, nem andou na escola com gente supersónica, vai ter peitos para defender a arraia miúda desconexada e os seus desmandos? É que não posso dar por finda a minha demanda administrativa de anulação do acto inquinado de vícios ou crimes, quando recebo respostas que parecem recados da patrão para a mulher a dias.

Ainda há leis neste país.

Quanto ao Senhor Francisco George já percebemos que tem as costas quentinhas e vai agora gozar uma reforma digna na Cruz Vermelha. Que não tenha a ideia de levar o seus amigos para lá. Acaba-se com uma Instituição que é referência nacional, humanitária e ao serviço dos que necessitam

Bom sucesso. Quando morrer vai ser um anjo de asa negra, - a minha Ginny explicou-me a cores das asas -, mas com o amor e o perdão dos anjos de asa brana, ele também vai passar a ser branquinho e vai perder a vergonha que o vai levar, por decisão sua, por um período inimaginável de tempo - no divino não há passado, nem presente nem futuro - ao bosque interminável. A vergonha perde-se depressa onde há amor.

Eu por exemplo, não sou anjo, e se fosse tinha enormes asas pretas, amo-o, perdoo-lhe a solidariedade com os amigos. Ele é de outro tempo. Acredita nas pessoas. Os amigos são os melhores do mundo. Ele é desculpável. Lhe desejo muitos êxitos futuros e cuide da Cruz Vermelha, como cuida zelosamente das suas paixões,  e compre uma vitrine à altura da comenda, ou da Grã-Cruz. Ele merece. Foi e teve tudo. Deus tocou-o. É abençoado. Pode até já ser anjo e nós por cvá não temos a faculdade de verificar nem as asas nem as suas cores. O Presidente da República tão dado ao direito e ao divino não vai esquecer de o agraciar. Felicidades a ambos.

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