terça-feira, 14 de novembro de 2017

A SAÚDE É UM VALOR IMENSURÁVEL E UM DIREITO CONSTITUCIONALMENTE PROTEGIDO




Sendo doente, e tendo trabalhado 40 anos em serviços de saúde, fui testemunha de muitas coisas. E calei muito. E, sendo honesto, basta olhar para a situação e o impacto que os médicos criaram na minha vida, para dar o conselho a todos os profissionais que trabalham em Centros de Saúde, Hospitais ou outros equipamentos de saúde, para manterem os olhos abertos, registar o que de incorrecto testemunharem, data, hora, local, - espectacular com testemunhas - e só em caso de extrema necessidade, se apertados como se estivessem num espremedor, só assim, ousem dizer o que sabem.

É o único conselho que tenho em relação a médicos, sobretudo a autoridades de saúde, têm o poder de destruir tudo, tanto os que saõ o seu alvo, como são perigosos para todos aqueles que sejam vistos ao lado da vítima.

Até os próprios colegas de profissão são obrigados a pensar antes de agir, pois defender uma verdade, pode ser um suicídio no exercício das suas profissões porquanto as autoridades não suportam quem não se curve ao seu poder.

Dito de outro modo, as suas vítimas passam a ser vítimas a todos os níveis pois tornam-se uma ameaça para qualquer um que sinta o dever de intervir no processo. E se é ajudada a uma vítima acrescem outras. Tudo é trucidado quando os interesses, as cabalas, a corrupção, e a maldade é abanada. Não ousem, os médicos já por si são poderosos, mas nas mãos de autoridades de saúde podem ver ser discriminados os seus doentes, logo a sua intervenção no meio, sendo mesmo, que algumas zonas são profundamente afectadas, por razões que só os galácticos Delegados de Saúde entendem.

Eles conseguem o absurdo. E quando dizem que o morto está vivo, logo todos até ao chefe de fila são claros, está vivo. Desde o Director-Geral, até ao mais pequenino, todos não têm dúvidas. Quem ousará investigar esta teia monstruosa e fora da lei. Quem ousa defrontar gente deste calibre. Só os loucos, e os que não têm medo da morte. Ou não trocam a dignidade por cinco reis furados.

Eu estou arruinado, fisicamente, psicologicamente, moralmente. Curiosamente a primeira vez que estive ausente do trabalho por incapacidade médica e por longa duração foi devido a uma constante e persistente perseguição de uma médica - que tem o diabo no corpo, é odiosa, feia, má, diabólica - que entendeu apequenar-me perante os meus funcionários e fazer de mim, o que fez dos seus funcionários privativos, durante anos, os transformou em escravos. Mas eles aguentaram, abanaram a cabeça, curvaram-se perante a senhora doutura, e estão bem de saúde graças a Deus. Ela também lhes pagava alguns favores, assim teve motorista de borla durante anos e sem horário, e o estado sempre compensava com umas horitas extraordinárias. Nós devemos pagar tudo, e calar. Eu não, nunca gostei de tiranias, opressão, vilanagens e gente maligna, fui resistindo como pude, até cair doente. Mas consegui fugir a essa espécia de ser humano e ir para outro serviço.

Engano meu, não se foge a um ser odioso. Tive muitos chefes na minha longa vida profissional, e podem ser chamados a juízo para falarem o que pensam de mim e dos trabalhos que desempenhei. Alguns até não terão morrido de amores por mim, é natural, no mundo existem maneiras de estar e temperamentos diferentes. Mas, qualquer deles pode falar à vontade. Se era competente, se cumpri com os meus deveres, se tive alguma vez problemas disciplinares, se era educado, assíduo, pontual, se era de bom trato social. Até mesmo se cumpri funções superiores àquelas que a minha categoria pressupunha, se era confiável, se cumpri. 

A médica odiosa, que felizmente foi pouquíssimo tempo minha chefia, catalogou-me, definiu-me, marginalizou-me, tornou-me irresponsável, incumpridor e incapaz, com a velocidade da luz. E a crueldade de uma pessoa indigna, falo da Delegada de Saúde de Portalegre, Dra. Rosário Pires, cito-a pois ela quer me trucidar e lhe dá alegria destruir-me. Aconselho-a a que me leve ao tribunal, como aconselhava a outros me fazerem a mim. Os cobardes são exatamente assim, ficam na sombra, criam o conflito, saciam os seus rancores e dão conselhos. Mas não dão a cara. Escondem-se. São répteis. São lixo escondido na negrura de corpos sem alma.

Na altura em que me atacou não lhe respondi da maneira que deveria ter feito. Mudando de serviço e não sendo rancoroso achei que o tempo certo de dirimir conflitos passara enquanto estive doente, e era preferível esquecer e recomeçar uma nova vida. 

Novo engano, esse gerador de ódio, que a cidade tão bem conheçe, nunca esqueceu, nem perdoou eu ter-me ido embora, ter-me libertado, não ter sido mais um escravo, justamente quando ela estava tão feliz pois lhe parecia já ter dominado a besta como fez aos seus inferiores. Justamente quando ela cantava vitória eu cuidei de mudar de localk de trabalho por necessidade de mudanças de ar. Precisava ar respirável. Ainda podia ser sacudido pela terrível doença das sextas-feiras. Isso deve ser um flagelo que só alguns conhecem e um pesadelo para a criatura que vê inquinados todos os fins de semana. A Delegada de Saúde deve ter uma explicação técnica para esse feito que julguei anormal.

Mas o escorpião será sempre o escorpião, como conta a história, e o seu instinto é matar, e mata. A minha Directora - a pior que conheci em toda a minha carreira de 40 anos - , ela me criou a doença, mas para um ser raivoso e demoníaco não chega, criar o mal é pouco, a satisfação é aniquilar, destruir, desgraçar. 

E esperou anos. Mascarou-se de fada boa, e até me cumprimentava com beijinhos enquando eu sabia o ódio infernal que ela tinha contra mim. As bruxas conseguem essas metamorfoses. E quando me apanhou novamente doente, saltou dar-me o golpe mortal. E talvez tenha dado. 

Mas antes temos de resolver o nosso pleito. Não é malhar o cão e fugir. Não. Vamos para a justiça sim, ela é a culpada de tudo o que na Unidade de Saúde Pública de Portalegre me fizeram. E o processo só terminará com a minha morte. Nem antes nem depois. E as pessoas nem imaginam o que não se tem passado naquele serviço. Escrevi mais de uma centena de cartas, pedi inspeções, inquéritos, reclamei, pedi anulação do acto ilegal que me fizeram. Nada. Está tudo no mesmo barco. Nem sequer me fundamentaram em termos de factos ou de direito porque não tinha razão numa queixa formulada no inútil do Livro Amarelo de que formalmente nunca vi decisão. E já lá vão mais de dois anos. Li respostas divertidas, coisas carnavalescas, sem sentido, sem regra, apenas desculpas esfarrapadas de quem quer ajudar os amigos mas não quer afundar-se todinho na lixeira.

Um desses artistas, infelizmente a nossa Administração Pública está cheia de arte, deu-se ao luxo de me elucidar que os médicos - seus colegas - não tinham usado de má fé contra mim. Analisadas as minhas argumentações e danos. Não analisou o crime. E para se não comprometer que os artistas têm muita escola, profere a maravilhosa e irracional asneira através de uma senhora de um departamento de estatística que nem sei se é alguma coisa ou coisa nenhuma.

É cúmplice ou conivente? Ou é um licenciado sem curso e analfabruto?

Outro erro pode valer - se existir fome de justiça, e desejo de conhecer a verdade, foi esta condenação em lume brando à minha morte,  - pois pode e deve suscitar a avidez curiosa nos populares quando começam a questionar as razões da morte de alguém. Querem saber tudo, se bebia, se jogava, se andava com putas, se estava com uma doença terminal, e vão fazendo tema de conversa. Normalmente o segredo autêntico fica sob reserva.

Comigo não. Cuido de que saiba exatamente tudo. Quem morre não tem medos. Tem decisões. Decide morrer. E até deveria ter direito a morrer em condições humanas, dignas, serenas, não lhe sendo nada por profissionais que juram não matar e... tanta gente morre. 

O que vai morrer vai fazê-lo por duas razões essenciais, esgotaram-se os meios de manter uma vida digna. E, apesar da cultura absurda de fundamentar a destruição do outro nas suas irresponsabilidades ou loucuras. Isso é um bálsamo para descartar responsabilidades e lavar consciências. E acho bem. Ninguém deve ficar com problemas por minha causa. Foi uma decisão de quem cansou de lutar e achou que pior que seguir existindo não poderia ser nunca, cair fora.

Mas, só faz sentido afastar-me de vez se conseguir fazer da morte um acto revolucionário, e ao mesmo tempo um acto de amor. 

Devo declarar claramente quem me levou à destruição. Aí releva em especial a senhora delegada de saúde que tantos portalegrenses detestam, a senhora Rosário e obviamente os malfeitores dos colegas que atiçou contra mim, que foram atacar-me, sem qualquer razão, apenas como cães de fila, sem discernimento, sem pensar, sem sabedoria, uns mastins ao serviço do demónio e que me fizeram uma Junta Médica que se reflectiu na minha vida, destruíndo tudo o que nela já não andava bem, e inviabilizando qualquer hipótese de recuperação.

A saúde é um direito que a Constituição garante. Mas pouco se vê de medidas de proteção aos doentes. É que quando se fala em saúde fala-se no bem estar da população, das famílias e dos indivíduos. A saúde não existe para médicos, para enfermeiros e outros técnicos. Essa gente, que não é especial em nenhum país civilizado do mundo, aqui são vistos como seres especiais, intocáveis, temidos, como se fossem os deuses olímpicos que decidem da saúde e da morte de uns e outros. Mas não deve nem pode ser assim. Se é existe crime. Se existe crime tem que existir meios legais, eficazes, com poder, para através do direito, se encontre justiça.

Porque os médicos não estão sujeitos a testes de alcolemia quando estão ao trabalho? Será que não é um problema de Saúde Pública senhora Delegada de Saúde de Portalegre, e Senhora Delegada de Saúde de Castelo de Vide ter sob seu comando médicos que se apresentam ao trabalho em estado pouco consciente? Sabem fazer peritagens e desgraçar outros e são coniventes em absurdos que deveriam ser alvo de cuidada investigação civil e criminal?
Que sentido de responsabilidade detêm para ajuizar sobre terceiros? O Ministério público pode investigar, é caso simples. Apenas dou três pistas, mas poderia dar mais; Castelo de Vide, Marvão, Portalegre... mas poderei dar mais.

E médicos em estado obtuso para não usar outras expressões tão populares como tontinhos, ou ausentes? Também posso referir algumas pistas; Marvão, Nisa, ... e há mais em tratamento.

Aí vossas Excelências são incapazes de fazer peritagens, ou de cuidar dos doentes? Sabem fazer peritagens "à la carte" e aí entra ser amigo, ou ser poderoso, ou não gostar de A ou de B? Porque será que nada nem ninguém levantou um inquérito ou Inspeção a essa Unidade de Saúde Pública que é mais que duvidosa?

Para não dizer só mal, meia palavra basta, vá uma achega para melhoria e bem estar dos doentes, que afinal são nossos familiares, seres queridos ou nós mesmos; porque na era do desenvolvimento tecnológico não existe um equipamento que controle onde acamados estão os doentes, os apelos que eles fazem durante a noite, ou nas mudanças de turno, e as respostas a esses apelos muitas vezes desesperados e que podem não ter a resposta adequada? Imagine os filhos que recebem informação que o pai morreu durante a noite, mas desconhecem que o pobre homem levou tempos sem fim a tocar na campaínha. Não existe um controle sobre a chamada dos doentes, o que permite num cenário hipotético delirar imaginando que uns dormiam e outros jogavam às cartas no computador e não se deram ao trabalho de socorrer quem chamava. Morreu ou foi deixado morrer por falta de cuidados o cadáver entrado na manhã seguinte?

Para descanso deve haver meios que cointrolem isso. E quer os doentes quer os familiares, quer os responsáveis pelos serviços ficam mais tranquilos. Foi uma ideia. Logicamente é insano pensar que profissionais que tanto estudaram e têm sentido de responsabilidade, vão descurar o socorro a aflitos. Mas é uma tranquilidade. Para todos. Se fizerem isso seguramente vamos ter mais saúde. E eu lá no paraíso vou sentir-me útil. Pelo menos em toda a minha vida tive uma ideia. Para o bem comum. E por esta ideia já não me matam. Já estou quase morto.

Porque os médicos que são tão sacrificados, mas exercem uma profissão de desgaste e trabalham demais, não são avaliados anualmente como a grande maioria dos trabalhadores deste país? Porque as reclamações no Livro Amarelo não valem de nada, esses Livros são manipulados, e raramente existem penalizações? Quantos médicos deixam de exercer por incompetência, ou estarem em condições de saúde incapacitantes? 

Os doentes - enganam-se os que julgam que o povo é burro - calam com medo, os funcionários por prudência nada sabem. Os colegas médicos trabalham tanto que nem imaginam. Quem recebe as reclamações, são tantas que não têm tempo de as analisar. Quando existe a dúvida se existe erro, é não viver neste mundo, os médicos raramente erram, e se erram o colega do lado sacode-os e lembra-os, de que estava tudo certo.

Quem garante a saúde aos portugueses?







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