O inexplicável supera em muito tudo o que julgamos conhecer. E o que conhecemos, em bom rigor, é incerto. Depois tudo muda. O homem é demasiado pequeno perante um desconhecido e infinito universo de mil sóis composto. Somos feitos de pó das estrelas. Somos pó. Mas o pó que tudo abraça é energia. E uma energia que só agora começamos a perceber. O todo é uno. A unidade é a construção divina, a ela tudo o que existe pertence.
O homem é com a maior das probabilidades um entre muitíssimos seres vivos com inteligência que o universo mantêm. Haverá civilizações que olhando o nosso pequeno mundinho lhes parecerá engraçado como somos pouco desenvolvidos, tecnologicamente estamos fraquinhos, e como se devem divertir como ocupamos o tempo desenvolvendo problemas em vez de soluções, como gostamos de nos destruir em guerras absurdas em vez de construir um ambiente saudável e de amor. Muitos questionarão o seu Deus, que mais não é que o nosso, como pode existir semelhante planeta, detonado pelos que dele necessitam para a própria vida, e como esse Ser Absoluto mantêm esse livre arbítrio que o homem já demonstrou não merecer, e uma inteligência muito mais próxima do irracionalismo do que de qualquer coisa superiormente aceitável.
Da terra, salava-se umas réstias de amor, aqui e ali. É o amor que mantêm o planeta a girar sobre si mesmo e em volta do sol. E o amor de Deus, e a tolerância de outras civilizações mais avançadas que a nossa, que com tolerância ilimitada nos deixam continuar a fazer borradas atrás de borradas, e sermos um espelho universal do que, com efeito não deveríamos ser.
E é fruto do amor, que nascem novas, maiores e mais brilhantes estrelas. E são as estrelas enamoradas que a luz divina visualiza e faz com que exista a ideia - ela é galáctica - que se conseguimos edificar algumas, poucas, estrelas de amor, pode ser que um dia estes seres vivos percebam que o amor é pai da energia, e com ele poderemos energeticamente ultrapassar as adversidades, e sermos dignos de partilhar essa magia profunda feita por um Deus maior, de existir plenamente.
Quando dois seres se tocam de amor autêntico (e não essas parecenças de amor que costumeiramente se percebem, sem vigor, sem força, sem capacidade de resistir no tempo e no espaço), a estrelinha pequena que cada um tem, catapulta-se através de um processo amoroso de fundição, numa única estrela, imortal, com brilho infinito e poderoso. Todo esse brilho, toda essa imortalidade não são mais que energia amorosa, divina, que nunca acaba e brilhará até ao fim dos tempos.
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