Há mais de 12 dias ando absolutamente envolvido no absurdo em que as poderosas multinacionais americanas - que parece quererem impor as suas regras em todo o mundo - me provocaram, quando erradamente fui tentar adquirir um serviço altamente tecnológico (e fui atrás do nome pensando encontrar excelência) e mergulhei num inimaginável imbróglio, de que honestamente não sei como sair, mas como sempre, em toda a minha vida, não aceitei ser embrulhado como coisa nenhuma, e contra ataquei, sem medo nem tibiezas, conseguindo, pelo menos, que a Administração dessa grande empresa esteja a estudar o meu caso.
Não aceitei desmandos, muito menos me curvei perante a prepotência dos que se julgam invencíveis.
E fui mais longe, disse-lhes, preto no branco que atacaria com todas as minhas forças, sendo mesmo que, se vivesse nos Estados Unidos colocaria a dita empresa na Justiça e pediria um justo valor pela reparação de danos que todas estas atribulações me têm infringido.
Para muitos, isto é sinal da mais absoluta loucura. Para mim é sinal que continuo vivo, e que ainda não me curvo frente ao despotismo dos que se julgam às margens das regras universais do respeito e da verdade, e fazem tudo o que lhes dá na real gana, e tratam o ser humano como se fosse pouco mais que lixo.
Graças a Deus, e só com Ele teria forças, toda a minha vida tive ânimo para sustentar lutas desproporcionais e ter ganho muitas delas. As que perdi, ou estão pendentes (esperando estrategicamente pelo tempo certo), ou me serviram de ensinamento. Muitas derrotas foram lições de sabedoria e humildade, me tornaram mais forte e me deram recursos novos, mais subtis mas muito mais eficazes, e tenho de estar grato por as ter conhecido.
Fui duro, não mostrei medo, mostrei mesmo como posso usar as minhas armas de defesa - e sempre defender o mais fraco e o que devia ser, pela razão e pelo direito - e, pelo menos consegui, que de uma redoma de vidro em que se fechavam há muitos dias e me tentavam impor pela força os seus desejos, estejam hoje a estudar o assunto e me venham contactar, em devido tempo, fazendo uma nova proposta, que obviamente aceitarei se for justa, e assim terminaremos os nossos desmandos, ou não aceitarei, cortarei todas as ligações que tenho com essa potência comercial, e será com as armas exactamente onde ela é um baluarte, que entrarei em ação.
Não se trata de loucura, como dizia D. Quixote para o seu fiel escudeiro Sancho, lutar contra os moinhos de vento, tentar mudar o mundo, é justiça.
E como sempre disse pela justiça, pela verdade, pela dignidade humana e por resistirmos à voracidade das selvajarias que hoje tentam controlar o mundo e já vão devorando o homem, vale a pena dar a vida.
Apenas os loucos o fazem, é verdade. Mas o que seria deste mundo sem eles? Como dizia Steve Jobs, os loucos que lutaram por mudar o mundo foram justamente aqueles que o conseguiram.
Aguardo serenamente um desfecho digno para toda uma tremenda confusão que em nada dignifica o progresso, as tecnologias, a globalização e as marcas referência. O bom senso deve imperar. Admito isso, afinal até os maiores se podem enganar e cair na tentação fácil de esmagar o pequeno. Só que alguns pequenos não são fáceis de esmagar. Levaram a vida entre pulhas e gente safada e aprenderam que quem não luta é devorado.
Depois os loucos têm duas coisas que os tornam invencíveis, não têm medo da morte e querem ganhar quando acreditam ter razão.
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