Tudo isto é real existe. Um palácio dos mais lindos do mundo no alto de uma serra donde se vê o mar. Um príncipe do norte da Europa o mandou fazer para a sua Rainha de Portugal. É único. Como o mar é único. Como o amor é único. O Palácio da Pena, mundialmente conhecido, o mar essa ponte de amor e esperança que liga terras e une povos, o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente europeu. O lugar mais perto das Américas, do novo mundo. Assim se explica que um povo pequeno, de um país reduzido, seja imenso na sua história e ilimitado na poesia do amor. O amor alimenta as gentes, as almas e os corpos. E mesmo os que carregam em si ódios e vinganças, mantêm-se de pé, e parecem gente, pois o amor divino recusa-se a sair dentro deles, mesmo que o ignorem.
Adoro visitar o Cabo da Roca e olhar o mar. Sei que para lá do que os meus olhos podem ver, há o que a minha ideia pode criar, e a minha imaginação conceber. Há mais terras, mais gentes, mais seres vivos, e montanhas, e flores. E amores.
É ali que a terra acaba e o mar começa, onde os sonhos crescem e se tornam incomensuráveis. Onde a alma do homem se ergueu e ultrapassando o mar imenso, nos mostrou que a terra é só uma, e o mar não nos separa, mas nos une, e o amor pode, em cada instante, ligar corpos e almas deste e do outro lado do mar.
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