Encontrei esta foto quando deambulava em procura de algo que me trouxesse ao espírito, uma ideia, um pensamento, qualquer tema, que suscitasse comentário aqui neste blogue que de guerra, passou a amor, e de amor a grito de batalha.
Só não luta quem está de bem com a vida, e acha que este mundo está certo, e pensa que tudo vale para a obtenção de uma felicidade alicerçada em honrarias, poder, riquezas, posses e vaidades. É fácil ser feliz e pisar os outros, isso até dá um certo ar de poder interior, ser grande e apequenar os outros para aumentar substancialmente o tamanho, e dar alimento ao ego.
É fácil olhar no espelho e não ver, pois relembrariam, os que felizes andam, quantas vidas já prejudicaram, quantos seres mais fracos já tentaram destruir.
O mundo é uma aparência. Tudo é uma aparência. Por detrás do que devia ser exemplo esconde-se um canalha, no desempenho de cargos de prestígio e autoridade escondem-se insanos, por detrás dos governos e dos senhores do mundo há milénios se esconde uma inteligência cada vez menos racional, e um livre arbítrio que esqueceu o bem, e de má a péssimas decisões e escolhas temos a terra doente, a vida humana ameaçada, e tudo parece sorrindo rumo a uma condenação que parece estar escrita.
Hoje as pessoas nem precisam de inimigos. Isso era dantes. Um inimigo raramente nos dececiona e dificilmente entra em combate. As guerras e as lutas têm regras, e têm também estratégias, custos, penosidade e até arte.
Entre amigos isso é perca de tempo. Dá-se uma facada pelas costas e ganhou-se um qualquer interesse. É fácil, não dá trabalho, e nem dá hipóteses de defesa. A família era o baluarte da sociedade, hoje, por insignificâncias, matam-se as mulheres, os maridos, os pais, os irmãos os avós. Antigamente matava-se pela honra, pela defesa da vida e dos bens, por querelas com historial. Hoje não é preciso história, basta o sussurro. E mata-se por aparência, por se julgar, por intriga. E por prazer.
Vivemos numa profunda crise generalizada. Aliás basta olhar o mundo, depois as potências e os seus líderes, depois os regimes inexplicáveis onde verdadeiros tarados matam, prendem, destroem com toda a impunidade. E isso vai-se catapultando dentro do ser. Hoje, muitos donos de poderes insignificantes fazem tal e qual, apenas não vão tão longe pois os poderes são menores, logo, o mal é mais diminuto.
Mas a insanidade, a maldade, a incompetência, e a crueldade é manifesta. E sem medida.
Nesta amálgama de loucuras, a amizade e amor são sentimentos em crise absurda e absoluta. E aparentemente nada parece assim. Colecionamos amigos aos milhares e em boa verdade quase não os temos. Eles se reconhecem bem nas horas amargas. E é nesses momentos que temos algumas surpresas. Raros amigos estão do nosso lado. Alguns que pareciam firmes como rochedos caíram fora, e alguns a quem nem ligávamos muito permanecem e ficam incondicionalmente do nosso lado.
Porisso este blogue se tornou um grito de batalha. Não contra A ou B, a minha natureza não é ser enxota moscas, nem é meu desporto pisar escravelhos da batata, ou trucidar três ou quatro pobres diabos que não têm onde cair mortos. Ou já estão mortos faz muito tempo.
Mas devo dar tudo de mim - chamem-me louco, maluco, o que quiserem - para estar do lado dos que vão mudar o mundo. É que ele vai mudar. O povo não sabe, anda entretido com o problema do senhor presidente do Sporting, que é um caso de saúde pública, onde isso é uma paródia e naturalmente ninguém faz nada e quando faz, Deus nos acuda... Milhões de casos assim divertem e ocupam a populaça. Mas os senhores do mundo já sabem que isto está por um fio. E que tudo vai mudar. E eles são impotentes. Tudo mudará e a hora está a chegar.
Cuidem-se. Provavelmente ainda nesta geração vai haver acontecimentos nunca vistos. E muitos vão ter razão para se encolher de medo. Não será o Juízo final de que fala a Igreja, mas será parecido, e será no tempo certo.
Hoje, cada vez que recebo um amigo novo, algo em mim é esperança. É que se contar os dedos das mãos e assinalar quem me ama ou meu amigo é, sobram dedos . O homem, o mundo, as sociedades perderam-se. Quem pensar - não aconselho outro exercício - percebe que estamos no fim de um ciclo. Como outros, poucos, e não foram ouvidos - nunca se ouve quem não se quer ouvir - previram a crise económica mundial de proporções dantescas.
Um dia, o amor a amizade, a dignidade, a boa convivência, a alegria e a felicidade vão instalar-se na terra. Para todos aqueles que foram julgados merecedores de nela viverem. Aos outros, como devem perceber, desconheço o que será o seu futuro, nem me incomoda. A justiça é para a justiça eu apenas estou do lado dela e de um mundo novo onde se possa viver.
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