quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

TRANSPARÊNCIA E MORAL SEMPRE CAEM JUNTAS







Se, numa breve reflexão político-filosófica, percebemos que a moral é um conceito individual que o indivíduo assume na sua vida e o leva a tomar atitudes e comportamentos e a decidir, livre de julgamentos ou castigos, da censura de alguém, agindo como se fosse invisível, percebemos que uma sociedade onde a transparência vai sendo menor é porque oculta uma imoralidade nos seus membros que vai crescendo, e com ela um pilar vai enfraquecer na convivência, ou na qualidade das relações entre os membros da comunidade.

É uma má notícia. Mas do jeito que vejo funcionarem as Instituições, e analisando a falta de educação ética e moral cívico nos currículos académicos, tudo se vai conjugando para uma realidade cada vez mais visível, onde a moral é coisa do passado, a ética se tornou tão banal que não consegue estabelecer de modo aceitável e inteligente as balizas para que entre a sociedade se dê uma boa convivência, e as leis, muitas das vezes, acabam não servindo a própria justiça de tal modo se afiguram diferentes entre os cidadãos.

Este país está a precisar urgentemente de profundas reformas. As instituições estão anquilosadas, as metodologias não respondem às exigências da modernidade, a própria ideia de país estado está fora do contexto de um mundo que explode mudanças profundas a uma velocidade vertiginosa. O homem, esse, não me canso de dizê-lo tem de reinventar-se para que volte a ser o centro de tudo o que existe e não um servidor, escravizado, alegre com quiméricas ilusões como o consumo ou a democracia. O sistema político afasta-se das pessoas, os eleitos que nunca são melhores que aqueles que os elegem, são de uma pobreza profunda em quase todos os parâmetros; cultura, bom senso, experiência de vida, conhecimento do mundo e da vida reais, baixa tecnicidade e quase nulos conhecimentos científicos.

De tal modo a pobreza da nossa classe política é tão evidente que se não estivessem protegidos por uma incapacidade, para responder pelos seus actos na governação, grande parte deles, teriam de passar por julgamentos na justiça e explicar como colocaram impunemente este país nas misérias mais rudes que existem, a moral, a ética e a económica. Arruinaram o país, como se estivessem a jogar o MONOPOLY, e arrastaram nesta fatalidade sem culpados, os que se arrastam, destruíram a classe média, e comprometeram o futuro das gerações que deviam crescer num ambiente socialmente estável e equilibrado..


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