terça-feira, 2 de junho de 2020

DEPOIS DA PANDEMIA UMA VIDA REINVENTADA PODE LEVAR O HOMEM A SER FELIZ NA TERRA






























Um ciclista é um ser desprezível, antipatriota, um ser irresponsável e um verdadeiro empecilho para a economia do país.

Ele não compra um carro, não aluga nem empresta, abalando as vendedoras, destruindo os fabricantes, fechando portas nas empresas de rent a car.  Ele arrasa as companhias seguradoras pois não faz seguros do carro e contra os que não podem ser vítimas do que não faz dano. Ele não compra combustíveis, óleos e produtos de manutenção e limpeza. Ele não necessita serviços de manutenção e reparações. Muito menos ele olha os parquímetros espalhados como vírus por todas as cidades. As portagens do autoestradas encerram, para nada serve construir estradas de várias vias. Ele deixa de pagar impostos absolutamente irracionais e desnecessários por tudo e mais alguma coisa que carro tem.

Dificilmente um ciclista se torna obeso.

Isso é de um dramatismo gigantesco! As pessoas saudáveis ​​não são necessárias para a economia. Eles não compram medicamentos. Eles não correm entre clínicas e hospitais, passando de médico para médico e por enfermeiros e mais uma panóplia de especialistas que ganham a vida cuidando das doenças que o estilo de vida actual provoca. Eles pouco ou nada acrescentam ao PIB do país.

Usando a imaginação, - tudo silenciosamente, poucas conversas - o status quo generalizado alimenta-se do que faz mal e do que destrói (para alimentar os que depois vão viver reconstruindo e melhorando). É uma pescadinha de rabo na boca. De um lado pagamos para desgraçar a nossa saúde e do outro gastamos e sofremos esperando obter melhoras em um sistema fabricado para manter tudo sempre assim.

Para cada nova loja McDonald vamos crer que pelo menos 30 pessoas vão ter empregos, na loja. Fora dela vamos criar mais vagas em cardiologia, em dentistas, em  especialistas em perda de peso, em técnicos de farmácia, analistas e outras profissões que se desenvolvem, desenvolvem, na proporção directa com que cresce e se fomenta o fast food.

Parece, olhando o desenvolvimento que nos rodeia que já optámos entre um ciclista ou um McDonald. Adoramos esse sadomasoquismo de nos prejudicarmos conscientemente e depois irmos responsavelmente fazer o chek up anual, manter as consultas de rotina, e correr de médico em médico, de cirurgia em cirurgia de internamento em internamento. Enchemos as urgências e gastamos fortunas em medicamentos.

Andar ou simplesmente sair a caminhar ainda é muitas vezes mais, bem pior. Com muito menos riscos do que têm os ciclistas estes radicais nem a bicicleta compram. Andam por aí. Levam horas olhando paisagens maravilhosas e enquanto caminham são livres para reflectir, pensar, sonhar ou mesmo imaginar. Eles nem compram uma bicicleta. Estes não pagam nada. Nem portagens, nem combustíveis, nem pneus, nem travões. São o flagelo das autarquias sedentas de cobrar estacionamentos e das finanças públicas habituadas até à veia a sacar tudo, o possível e o impossível ao cidadão, que amorosamente apelidam de contribuinte.

Simpáticos.

Mas os ataques à economia não se fica pelos ciclistas e pelos que andam a pé, por exemplo quem trabalha onde mora gasta o mínimo, apenas recorre ao computador, telefone e internet! E pouco mais. Eles não poluem, razão bastante para não levar a vida no banco do médico. Eles compram apenas compram o essencial. 

Esta gente são a praga do PIB! E deixam os coitados dos economistas mais essa ideia lírica dos mercados de cabeça perdida. As pessoas que fazem opções saudáveis e se limitam a usar a razão para levar uma vida digna e boa, deixam pelintras e sem argumentos muitos políticos, industriais, muitos banqueiros e agiotas.

Se os bons costumes se espalharem, se voltarmos a valorar as coisas boas da vida, vai dar-se, inevitavelmente uma ruptura nos mercados, com profissões a se tornarem inúteis e empresas a encerrar por não terem qualquer razão para existir. Muitos produtos, instrumentos e objectos deixarão de ter utilidade e serão esquecidos.

Os próprios estados terão de mudar, o que poderia pensar-se simples, dado que seguiriam as pessoas ou povos, mas ficariam de gatas no chão, sem capacidade para alimentar verdadeiras máquinas de sucção, que tudo têm levado, em nome do interesse geral e enchendo os bolsos afortunadamente de muitos poucos.

Depois é o cabo dos trabalhos com as empresas a cair em dominó,  com bancos de balcões vazios por reduzida necessidade de rodopiar dinheiro dos clientes a um preço sem explicação. Os seguros e os mercados de acções passariam a ocupar alguma cadeira de história da economia. Acompanhando as mudanças gerais assistiríamos a uma queda progressiva e acentuada do preço do ouro até o seu valor se tornar obsoleto.

O desemprego iria aumentar de um modo tal que seriam muitos poucos os que trabalhariam com o sentido de desenvolver uma tarefa com penosidade e de interesse, para os que trabalham e para os empresários.

Deixaríamos de falar no PIB deste ou daquele para falarmos de todos e de cada um. Dispensaríamos as engalanadas corporações e ordens profissionais que raramente serviram o interesse público mas astutamente se serviram e serviram os seus correlegionários contra o interesse geral muitas das vezes. Assistiríamos a mudanças profundas em organizações nacionais e internacionais, que dariam lugar a centros globais e locais por sector e especialidade.

Seria o desastre?

Se pensarmos que as pessoas terão que dedicar mais tempo a si mesmo, e aos outros. Ao lazer, à arte, à cultura, à sabedoria e conhecimento, à alimentação saudável e biológica, à saúde numa vida sã, no apoio à terra, às nações e povos, aos desportos, à alegria e à beleza, seguramente não poderíamos falar de desastre mas antes da reinvenção de um novo homem, onde estaria interligada a existência de uma nova vida e uma nova terra.

O estado como o conhecemos, essa máquina de políticos e gente que tudo mina para ter poder e com ele enriquecer rápido e sem esforço não faria qualquer sentido.

A política passaria a ser uma parte, talvez importante de uma qualquer cadeira universitária ao lado da história e da arqueologia.

A governação só fará sentido com homens de conhecimento, técnicos e sábios que, habituados a trabalhar em equipas, se uniriam e organizariam para dar as respostas no tempo, nos locais e nos povos em tempo útil. Sem custos. Sem taxas. Sem impostos.

A reforma não seria um exercício incompreensível para a população em geral. Coisa de inteligências sobredotadas e inacessíveis. Ela seria simples pois pensada para as pessoas e promovendo o seu bem estar facilmente seria aceite e assumida por todas.

As pessoas gastaria uma parte expressiva do seu tempo pensando de uma maneira séria mas divertida. Livre e sem receios. Com coisas simples. 

Eles não se tornariam um perigo! Eles viveriam na solução em que seria garantida a paz universal, a justiça para todos, a dignidade, a liberdade, o conhecimento, a ocupação do tempo, o apoio social (substituindo o trabalho remunerado), o desporto e as artes. 

Eles não iriam viver obcecados com frases como a produção, a produtividade, a riqueza, a fracturas e desequilíbrios entre povos e zonas do globo, as guerras, as doenças, o produto e o mercado.

Mas todos juntos podem e estimulariam a riqueza, novas ideias, a abundância, a qualidade de vida. Todos unidos, livres es despreocupados encontrariam novos e melhores métodos para tudo.

Acabar com os políticos só por si traria ganhos absolutamente impensáveis. Essa gente tem milénios obstaculizando o verdadeiro desenvolvimento e a paz geral, enquanto se ocuparam de desenvolver indústrias de guerra e arsenais de multinacionais da indústria farmacêutica para doenças que não deveriam existir.

Serão os sábios, os investigadores e os especialistas a cuidar da alimentação para todos, em abundância e saudável, destruindo a ideia que a tantos tem interessados que a terra não tem mais capacidade de alimentar a vida. E da paz. Existindo apenas uma força residual para o garante da paz global. E da saúde, com organização para acompanhar as pessoas e acudir a qualquer local do globo em caso de necessidade. 

Manter-se-iam  os países, respeitar-se-iam costumes locais e tradições. Os idiomas seriam os mesmos que existem, mas todos saberiam falar um idioma comum. Mas a vida seria global. As pessoas poderiam livremente circular, viver, viajar, onde a sua vontade determinasse.

A pandemia veio mostrar que tudo é possível e que o futuro está logo ali, onde as pessoas desejarem. E sobretudo mostrou que podemos ter carros, mas não sermos escravos deles, e podemos caminhar nos campos, florestas, montanhas e vales. Ter computadores e muitos equipamentos e aprender a deles tirar partido sem quaisquer complexidades ou impedimentos. Podemos e devemos colaborar na qualidade de vida de todos, sem ter a necessidade de acordar diariamente para ir trabalhar, recebendo em contrapartida uma contraprestação a maior parte das vezes injusta ou insuficiente. Trabalhar tal qual conhecemos não faz mais qualquer sentido. 

O sentido que a pandemia veio trazer às pessoas é a vida. Viver é o objectivo, e fundamentalmente viver bem. 

Em estudo a publicar passarei a expor todo o conjunto de obstáculos que se levantam a reformar a vida no mundo de modo a que todos possam ter uma vida digna e feliz. Grandes poderes existem que só se mantêm escravizando povos, deixando crianças a morrer de fome, permitindo a criminalidade e a violência, deixando para lugar secundário a saúde das pessoas.





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