domingo, 28 de junho de 2020

BRASIL: A AMPUTAÇÃO DA ORDEM E DO PROGRESSO








Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli são os dois ministros que Bolsonaro escolheu para comandar a pasta da educação dos brasileiros.

Estas apostas são as de quem não quer saber de jeito nenhum de qualquer tipo de educação. Nem daquela que se aprende nos bancos da escola à que se recebe para a cidadania e ser pessoa em sociedade.

Weintraub teve um mandato absolutamente irracional, prestando-se a emitir opiniões antidemocráticas, mostrou um espírito sombrio, feio e fascista e participou em manifestações contra o poder judicial. Enquanto ministro. Fez tanta imbecilidade, tanta burrice e tanta canalhice que Bolsonaro o teve de despedir, não sem antes se assegurar que o amigo de seus filhos se salvaria da prisão, utilizando o passaporte diplomático para fugir para os Estados Unidos.

Depois "Bozo", chamou à pasta o doutorado Decotelli, que em seguida se provou não ser doutor em coisa nenhuma. Como educar uma geração de brasileiros tendo como ministro da educação um ser aldrabão, nebuloso, que faz plágios, que comete o crime de usurpar títulos e nada entende do assunto?











Com uma saúde inexplicavelmente em desnorte de onde foram exonerados de ministros, de seguida, dois médicos para serem substituidos por militares, enquanto a pandemia se espalha galopante por todo o território e leva a um número imenso e crescente de casos confirmados e mortos (apenas ultrapassado pelos Estados Unidos onde Trump igualmente menosprezou a pandemia e descurou a acção), o Brasil não precisava de mais dores de cabeça.










Infelizmente, o Brasil parece ter mergulhado a pique num desgoverno que parecem catapultar este executivo para um dos piores da história brasileira, onde a saúde está ao abandono, a educação foi entregue a quem dela não entende, a economia a um liberalismo que afunda de dia para dia levando a uma crise sem precedentes e, entre tantos horrores mais, a um ambientalismo onde se fomenta o desmatamento da Amazónia, a invasão dos territórios dos índios e a violência, com mortes sobre os indígenas.

Percebo que era urgente quebrar um ciclo de corrupção de proporções absolutamente inaceitáveis e horrendas que começaram com Lula e explodiram com o governo de Dilma. Acreditei que Bolsonaro pelo menos ia garantir uma mudança. Era importante a queda de paradigma.

Mas o que nunca pensei, e muitos do que o apoiaram também não, era que Bolsonaro conseguisse governar sem tomar medidas que se possam perceber, culpabilizando os outros poderes das suas incapacidades. Toda a sua política é um nada assustador: na saúde a pandemia anda à solta sem que o governo tome medidas firmes e com o presidente desrespeitando as regras que o mundo observa e menosprezando tanto a pandemia como as suas vítimas; na educação há uma aposta liberal na privatização da educação mas recorre-se a gente sem qualquer preparação e capacidade, sem metas, sem objectivos e sem políticas eficazes contra a grave crise que afecta o Brasil neste aspecto educativo; na economia foi-se buscar um ministro super liberal que prometia mudar o rumo do país e este rumo vai exactamente para uma crise sem precedentes que levará a pobreza a níveis nunca vistos.

Bolsonaro apostava em acabar com a corrupção, mas está envolvido nela até aos cabelos, tentando intrometer-se nas polícias de investigação para desse modo salvar os filhos e amigos metidos em vários tipos de crimes, o que já levou à demissão do ministro da justiça. Bolsonaro não respeita os princípios democráticos básicos nem sequer a constituição do país. Pede abertamente um golpe de estado pelos militares em seu favor, ataca os outros órgãos de soberania e incita os seus comparsas a actos de violência mobilizando-os constantemente através de discursos carregados de ódio e violência.

Poderá salvar-se um país dividido entre ódios e rancores e tanta irracionalidade? O governo naturalmente que não. Cairá e não fará história. Pelo menos que venha a orgulhar quem quer que seja. Aguardam-se as eleições americanas e depois se traçará o futuro deste executivo. Pelo menos para os gringos Bolsonaro é um pau mandado subserviente e dócil. Trump (um Bolsonaro em tamanho XXL) aprecia gente assim.










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