quarta-feira, 4 de outubro de 2017

ASSIM VAI O NOSSO POBRE PAÍS




 OLHANDO A CRISE IMENSA 

 QUE PARECE NÃO TER FIM 









  • Vivemos uma crise generalizada em que a moral, a ética, os valores e princípios, os códigos da convivência profissional e social, as liberdades e garantias prescritas em leis, estão completamente à margem da realidade.
  • Assistimos à banalização da desigualdade, das várias manifestações de miséria e da banalização da violência desde a brutal à mais subtil.
  • Há um descrédito generalizado nas Instituições; família, escola, igrejas, política, associações, empresas e estado.
  • Alastra a corrupção sem que se perceba uma única força política que tome a iniciativa de travar essa chaga social.
  • A convivência expressa-se através de um fatalismo, desconfiança, individualismo e um descompromisso com o social vivido.
  • A máquina da administração pública está completamente desgovernada, à deriva, não salvaguardando os interesses do bem comum, os fins para o qual estão instituídas de poder, nem a subordinação às leis, como a Constituição Geral da República garante.
  • Continuam a existir grupos e elites profissionais e sociais que cometem atropelos de todo o tipo, mantendo-se numa desigualdade acintosa, acima das leis, onde se afirmam sem qualquer pudor, com autoritarismo, prepotência e ilegalidade, para a qual contribui um estado que cala, e a razão da força, a cumplicidade e a impunidade.
  • A lei ainda vê os cidadãos de um modo desigual; os pobres subjuga, domina e actua, nos poderosos torna-se letra morta que morre no tempo, ou que os mais hábeis contornam.
  • O poder reside num povo que se vê representado no estado através do recurso a promessas que ninguém quer cumprir e mentiras sem fim com o propósito único de alcançar o poder.
  • Não existe democracia representativa quando os acordos entre eleitores e eleitos são rasgados a seguir aos actos eleitorais.
  • Os líderes da administração pública são de uma incompetência assustadora, sendo escolhidos não pelo mérito, mas pelas famílias, grupos de poder, partidos políticos e cunhas e compadrios.
  • As autoridades nomeadas pelo estado utilizam essa prerrogativa não para o bem comum mas para todo o tipo de desvios de poder, desde a satisfação de favores, amizades, e interesses inconfessáveis.
  • O cidadão reclama pelas vias oficiais, tipo Livro Amarelo, que é regulamentado por decreto lei, mas se as reclamações são sobre grupos profissionais poderosos ou autoridades públicas, enigmaticamente não se decide nada, e não se tomam as iniciativas que a lei prevê para inquirir o denunciado nem dar ao cidadão o seu direito.
  • O povo perante a revelação de práticas ilegais, que os desvios étivos demonstram, a cultura da corrupção alimentada por grupos poderosos e por corporativismos históricos, tem utilizado as estruturas de poder para benefício próprio e realização dos amaiores desmandos, provoca o descrédito no poder.
  • O debate de ideias, a convergência de forças em torno de uma coesa e assumida missão para o país, são substituídas por projectos de poder de pessoas e grupos.
  • O ensino mantêm-se longe das exigências do nosso tempo, ardilosamente afastando os cidadãos de uma maior capacidade de exigir e intervir na vida nacional. A moral, a ética e a cidadania estão afastadas do ensino obrigatório.
  • A nossa democracia está desajustada e o nosso estado de direito profundamente doente.
  • A justiça é lenta, ineficaz, e não olha para os cidadãos de igual modo. Basta visitar as prisões e as dúvidas são clarificadas.
  • A incerteza paira sobre as instituições, que sob suspeita, sem a confiança geral, parecem servir alguns priveligiados, que nelas obtêm sem que se conheçam sanções desmotivadoras e duras, diplomas académicos, licenciaturas, e outros graus.
  • Os serviços da administração pública, com administrações por nomeação, com uma incompetência nunca vista e um desrespeito pelas leis, estão a salvo de inspecções periódicas, e raramente se conhece um gestor público alvo de sanções por actos de má gestão, desrespeito pelas leis ou para com os cidadãos.
  • O direito de informação e de resposta são ideias, cultiva-se o desprezo pelo que procura, que quaestiona, que reclama um direito.
  • A todo o tempo e por todo o país se houvem, infelizmente demasiadas vezes, falar em actos de negligência médica. Fala-se em mortes, maus tratos, incúria, incompetência, reclamações atrás de reclamações - apesar de ainda existir um pavor absurdo ao poder dos doutores - mas raramente se ouve falar de sanções, de justiça, de decisões sábias, isentas e claras.
  • Existem situações de pobreza aflitiva, e os marginalizados ao invés de verem o apoio social, percebem que lhes vão retirando, o dinehrio, os medicamentos, a comida. Não se entende o papel da Segurança Social, nem a ideia de solidariedade.
  • Deveríamos viver num país com esperança, mas cada dia a desesperança vai tocando mais corações que se vêem completamente abandonados à sua sorte, às injustiças, aos desmandos de poderosos, a uma luta por uma sobrevivência onde a dignidade e o humanismo deixou de estar presente.
  • A mediocridade, a incompetência, a prepotência, a arrogância, a tirania, o medo, vão semeando num desditoso país disfarçado de democracia, uma já pouco oculta tirania desumana, extremamente bárbara, bestial e cruel.














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