domingo, 26 de agosto de 2018

O COMUNISMO VIVE DO PASSADO, ALIMENTA NO PRESENTE E ANSEIA PELO FUTURO?




Livro de Luaty Beirão excluído da Festa do Avante


A editora Bárbara Bulhosa, da Tinta-da-China, disse esta sexta-feira que um livro do angolano Luaty Beirão foi excluído da feira do livro da Festa do Avante:


"Acabo de saber que da lista de livros que selecionámos para estarem na Festa do Avante foi retirado o diário de prisão do Luaty Beirão, com o argumento que incomodaria os camaradas do MPLA que irão á Festa.
É
uma tristeza verificar que para o PCP os presos políticos continuam a ter nacionalidade, e que os que interessam são só os nossos,durante o Estado Novo"


DIZEM AS LEIS UNIVERSAIS - HERMENÊUTICAS - que se conhecem no antigo Egipto mais ou menos há 5.000 anos, que tudo muda. Tudo. 

Mas, em bom rigor há coisas que mudam de um modo bem visível e todos percebem, por exemplo e crescimento de uma alface, ou de uma árvore, e outras coisas que parece ateimarem em não mudar de modo algum, falo por exemplo das montanhas ou das pedras.

Os partidos políticos, tal como a vida lá vão mudando, mesmo que o não façam com grande alegria. Entre eles, os comunistas parecem uma exepção, resistindo à vida e ao tempo. 

Para encanto dos arqueólogos há um manancial de práticas que parece vitalícia e muitos ainda vivem apregoando, vírgula mais ou menos, os ódios ferozes aos capitalistas, aos empresários, aos latifundiários e continuam elevando às cúpulas eternas os soldados e marinheiros, os trabalhadores, os sindicatos, as greves, e a perturbação social como modo de abanar tudo, até as empresas que se tornaram recordações e as políticas que, parecendo conquistas, logo trazem custos que nada nem ninguém consegue suportar.

Muitos consideram esta ideologia, nomeadamente a do Partido Comunista Português como sendo algo agarrado tenazmente ao passado, sem ideias novas, rejeitando novas práticas e escondendo amores velhos, de partido único, nacionalizações de tudo o que rende, e a terra a quem a trabalha.

Tudo coisas que não se viram em qualquer lugar da terra quando tais sistemas proliferaram. Nem as pessoas era iguais, o que se entende, é contrário à própria natureza dizer tais asneiras, mas parece música ao ouvido de quem foi ou se sente explorado e sonha um dia ter uma vida digna e justa.

Sonhos bem urdidos. Existem comunistas que parecem reis... uns são efectivamente mais iguais que outros.

Mas os comunistas não são do passado, não ficaram relendo histórias antigas e adaptando os manuais a novas realidades. Eles continuam tal e qual como dantes, apenas tendo adaptado o discurso para se apresentarem como democraticos, parecerem que suportam a Europa, e aceitarem o mundo livre cabendo pois a autonomia aos povos.

Na realidade, pouco ou nada mudou, tirando a cosmética. 

Os comunistas estão na Venezuela, um país em que tudo foi desbaratado, a riqueza, a qualidade de vida, a dignidade e substituída pela anarquia, pela violência, pela fome e mais degradante miséria e pela ruína de um país que não garante a sobrevivência aos seus naturais. Que fogem com quanta força podem para as fronteiras buscando no exterior o que hoje só existirá para muito poucos. Paz, pão, alimentação, saúde, casa.

Isso, não perturba o espírito comunista habituado a ver em tudo a maldição das grandes multinacionais e do capitalismo, e dos americanos. Maduro é a excelência, um herói incompreendido pelo povo que resiste heroicamente a tantos ataques que todo o mundo lhe faz.

E o comunismo é o futuro. Muitos sonham com a mudança. Aquela que o mundo e a inteligência não quer. Mas só assim alguns poucos anseiam pela deliciosa ideia de se tornarem "primus inter pares", isto é, de entre tantos iguais, serem mais iguais que os outros.

Por isso, são homens e mulheres de fé inabalável; alimentam-se de um passado que não trouxe bem estar nem riqueza a ninguém, compreendem o insucesso dos regimes da actualidade que se afundam e vivem da esmola internacional, ou da fome que semeiam. E esperam serenamente que um milagre se venha a dar e se tornam governo, para sendo todos iguais aplicarem as velhas máximas que destruíram tantos países e empresas. A bem dos trabalhadores. E bem melhor dos dirigentes. É inequivocamente uma ilusão, mas um delírio sempre apontado ao futuro. Afinal todo o tempo é bom tempo para destruir o que os outros andam tentando construir com tanto sacrifício.

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