Honestamente não sou filósofo e não aceito sequer ser confundido com os académicos.
Sou um pensador.
Um ser que questiona, interroga, vive na incerteza, na dúvida e procura cada dia, a todo o tempo descortinar novidades.
Preocupa-me o homem, depois o homem e ainda depois o homem. A sua relação com os outros, com a vida, com a terra e com ele mesmo.
O homem sem sonhos, é como uma vela que perdeu a luz. Existe mas não alumia, não vive.
Por isso os sonhos são a partícula mais ínfima da nossa essência e aquela que nos leva a nós e para lá de nós.
Tudo começa num sonho.
Depois vem a ideia.
A seguir começamos a conspirar com tudo o que é nosso para transformar aquela ideia em realidade.
E lutamos, lutamos, e caímos, e levantamos. As vezes que necessário for.
Só perdemos o sonho, ou o abandonamos quando desistimos dele.
E cada sonho perdido é um pouco de luz que baixa de intensidade no interior de nós.
Eu sou grato, pelos meus sonhos, pelo que sou, por cada dia de vida, por ter amor no coração e por desejar um mundo mais belo, mais justo e mais digno para todos os homens.
Eu estou grato por ter feito desse desígnio uma espécie de missão que me leva os dias, os sonhos, as ideias, e me faz correr atrás de algo que pode existir apenas em mim, mas amo, adoptei, acredito, e me dá alegria.
A gratidão não me faz construtor de sonhos.
Eu sou uma máquina de sonhos, e um gerador inquieto de ideias e mais ideias.
Mas pelos meus sonhos. pelas minhas ideias, pelas minhas lutas, pelas minhas derrotas e vitórias eu estou grato.
E me levanto, sempre levanto.
E sigo lutando.
Estou cada vez mais só, mas isso não quer dizer que esteja no caminho errado. Apenas que a maioria dos homens pensam de outro modo, sonham com outras coisas, e me observam como um ser capaz de abanar a rotina. E não querem mudanças.
E eu acho que o mundo está no abismo, cheio de monstros, tem que mudar.
Eu continuo com a autonomia que vem do amor e de Deus de sonhar e lutar.
E estou grato, por não me ter rendido nunca.
E por ainda ter forças para continuar a lutar, e por acreditar nos sonhos, e crer que ainda vou vencer muitas batalhas, mesmo algumas que meus opositores pensam ter ganho.
Eu sou amor, e lutarei até à minha morte com amor.
E posso morrer a todo o tempo.
Eu, faz muito tempo deixei de pertencer a mim próprio.
Só sou eu, humano, demasiadamente humano, quando erro, quando fraquejo, quando tenho medo.
Mas depois, volto a pertencer ao mundo.
E se sou feito de pó das estrelas, e tenho em mim todo ele, como temer ser em cada instante novamente esse pó divino que ilumina o cosmo?
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