sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sempre a perder... viva Portugal

300 milhões de euros...

...é quanto os funcionários públicos perdem este ano, face a 2004, com o sistema de progressão nas carreiras introduzido pelo novo regime da Função Pública. Este valor representa uma poupança de 75 por cento face aos 400 milhões de euros que as progreções custaram em 2004.

Alguém esperava um milagre? Que, de repente, o Governo encontrasse uma poção mágica, um elixir milagroso, e com essa benção reorientasse, de vez, a nação portuguesa que tantas vicissitudes tem experimentado?
Jajajajajajjajajjaja... isso é para rir. Este Governo igual a tantos outros por esse mundo fora, e os dos portugueses em especial, e utilizando a política já conhecida no tempo anterior à escrita, quando precisa de ter, impossibilitado dos meios que levassem o país a criar riqueza, e deste modo ultrapassar as exigências do momento, tira, parte, destrói, e assim faz que resolve, o que depois - tem sido sempre assim - se revela como um remedeio simplesmente.
Para ser franco devemos ser os campeões em matéria de crise. Sendo apenas dificil tecnicamente definir se vivemos numa crise cíclica, ou entramos e saímos continuadamente de crises.
E com as crises, mais perigosas aquelas de que se anunciam o fim que as que teimosdamente persistem em manter-se, pois logo surge com a chegada da cura - também é prática nacional - medidas para combater tantas e tais desgraças, que melhor teria sido deixar o doente bem enfermo que vaticinar-lhe as melhoras.
E depois volta-se a tirar, a tirar mais, numa engenharia financeira própria mais de trapaceiros ou de génios da economia que de gente cuidada e sensata. É um regabofe, uma loucura, o ataque àqueles que já quase nada possuíem. Por conselho sábio, as mais das vezes, dos que nos meandros do salve-se quem puder nacional, se têm amanhado à grande e à francesa, e depois, num amor intensíssimo, sem medida, à causa pátria, aconselham sacrificios, um tirar de ganhos, de rendimentos, de direitos, sempre aos outros.
Assim vai o mundo. Eles acreditam que podem tirar sempre, que não existe fim. Veremos aonde tudo isto vai chegar. Mas não creio muito num país onde as pessoas são vítimas reiteradas de desgovernos sucessivos, vivem sem sonhos e já pouco sorriem.
Quando as pessoas deixam de crer... que mais se pode esperar?

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