sábado, 6 de março de 2010

Trapalhadas... impossível viver sem elas

Ainda às voltas com as habilitações de Sócrates...
meu Deus... como se pode viver com tanta dúvida?





Confesso que já tinha esquecido esse caso. Talvez não tenha sido bem esquecido, mas a palavra correcta deveria ter sido perdido, dado que mais parece ser um caso de perdição entre tantas coisinhas que agitam por cá o burgo, que na verdade, um mero esquecimento.

Afinal se o nosso Primeiro é ou não engenheiro é coisa que já não vai interessando a ninguém. Que seja. Só temos pena de tanta dinheiro que se gasta nas Novas oportunidades e outras modernices para dar canudos a quem nada faz para os merecer, ignorando outros processos, bem como de aligeirar ou democratizar a sabedoria alargando métodos já conhecidos a tantos que aspiram por um dia serem, em bom rigor, quer doutores ou engenheiros.

Num país onde não ter canudo é ser pior que burro, tudo é válido para obter o dito, mais agora que lá de fora levam os dias a espreitar para dentro de nossa casa, como se tivessem alguma coisa a ver com a nossa vida.

Voltando atrás, confesso que esqueci durante algum tempo toda essa tragédia cómica do título académico do nosso Primeiro, não fora ter recebido um novo email levantando mais poeira sobre algo que já toda a gente percebeu que nada tem de cristalino, que é a da certeza ou incerteza da autenticidade do documento ou dos documentos que por aí grassam.

A ver vamos... copio e aqui coloco o que recebi por comodidade, mais que por dever à ciência e ao rigor, que em boa verdade só invejo nestas historietas todas, nunca me terem dado a oportunidade de fazer exames na comodidade da minha casa, e quando queria, que desse modo, em igualdade de oportunidades reais, creio, teria terminado o meu curso superior que a minha pouca esperteza me levou a tentar fazer a mais de 200 quilometros de casa, e numa Universidade, dizem, pouco permeável a modernidades.

Aqui vai...


"Ontem, ao anunciarem a existência de um segundo certificado de José
Sócrates, abri o respectivo PDF, entretanto disponibilizado pelo Jornal
PÚBLICO".
Não me detive nas classificações. Verifiquei que o documento estava datado
( 96/08/26), assinado pelo chefe da secretaria e...e... como sempre, os meus
olhos detiveram-se em dois pormenores sem importância: no papel timbrado da
Universidade Independente, no rodapé, entre outras informações, constam o
endereço (físico e electrónico) e os números de telefone e de fax ( 351 21
836 19 00 e 351 21 836 19 22). Só que,... em 1996, os números de telefone
não apresentavam os indicativos 21, 22, 290, mas sim, 01, 02, 090... etc,
como aliás, pude confirmar (a alteração só foi feita em 31 de Outubro de
1999).
Um pouco mais à frente, consta ainda, um código postal composto por sete
algarismos (1800-255), o que é deveras estranho, uma vez que só em 1998
começa a ser utilizada esta nova forma de indicação.
Conclusão: o certificado parece ter sido emitido, não em 26/08/1996, mas em
data posterior a 31 de Outubro de 1999.O problema ("o maior dos problemas")
reside no facto de o Gabinete do Primeiro-Ministro já ter esclarecido que a
data válida era mesmo a do certificado que se encontra na Câmara da Covilhã.
Esta ultrapassou largamente as minhas expectativas...de tão básica que é!!!
"

Bem, em boa verdade, se antes sentia alguma confusão no caso, agora sinto-me completamente a leste. Nada sei. Não comento. Nem sei se tenho ou não, dúvidas, certezas, se aposto ou não na certeza ou na incerteza dos documentos que deveriam ser ou não rigorosos. Nada sei. Nem devo comentar. A cautela, e os caldos de galinha, só podem fazer bem, se me quedar alguns dias bem caladinho, preferivelmente sem falar, sem ouvir, sem ler, sem pensar.

Só assim podemos estar certos de alguma coisa! Pensar para quê?

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