terça-feira, 9 de março de 2010

Aperta, aperta, que faz friooooooo...

Governo esmaga classe média

Teixeira dos Santos anuncia cortes nas deduções de Educação e Saúde. Baixa real de salários até 2013.

O ministro Teixeira dos Santos foi obrigado a congelar salários e pensões para que as contas públicas cheguem a um equilíbrio em 2013, penalizando milhares de famílias da classe média e os reformados.


in Correio da Manhã, terça-feira, 9 de Março de 2010


IRS agravado para 2,5 milhões de contribuintes

Alterações nas deduções fiscais. Função Pública terá que se reformar aos 65 anos, mais cedo do que o previsto

O Governo quer um PEC "credível" e que todos, não apenas a Função Pública, ajudem na descida do défice. É assim que justifica as mudanças nos impostos que, no caso das deduções, se traduzirão num agravamento do IRS para mais de 2,5 milhões de contribuintes.

As alterações nas deduções e benefícios fiscais vão fazer com que mais de metade dos contribuintes pague mais imposto ou receba um reembolso menor.

(...)

José Sócrates negou que o PEC seja pouco ambicioso, salientando que Portugal já fez reformas relevantes. O primeiro-ministro recusou também as críticas de que há um agravamento dos impostos, lembrando que a redução dos benefícios fiscais já estava no programa de Governo, e esclarecendo que esta medida não se traduz num aumento de impostos, mas numa redução da despesa fiscal, junto dos que ganham mais.

(...) Mas mais uma vez os funcionários públicos serão quem vai mais sentir o aperto do cinto: à moderação salarial, o Governo promete juntar a "aceleração da convergência" das pensões da CGA com as do regime geral, indiciando que não irá esperar até 2015 para que a idade legal da reforma seja de 65 anos. (...)

in Jornal de Notícias, 9 de Março de 2010



Programa de Estabilidade e Crescimento

Classes médias vão pagar a maior factura do défice

por Bruno Faria Lopes, Publicado em 09 de Março de 2010 in Jornal I

Famílias pagam mais impostos e perdem poder de compra até 2013

Confrontado com a economia que menos vai crescer na zona euro nos próximos quatro anos, e sob forte pressão externa para cortar o défice orçamental, o governo socialista de José Sócrates vira-se para quem paga a maior parte dos impostos em Portugal: as classes média e média/alta.

... as medidas mais significativas de corte de despesa pública e de aumento da receita afectam directamente os trabalhadores e pensionistas a partir dos escalões médios de rendimento, agravando a carga fiscal ou contendo os salários: o governo limita o aproveitamento dos benefícios fiscais, cria um novo escalão máximo de IRS, congela salários na função pública (com influência forte no sector privado) e aumenta as contribuições feitas sobre o trabalho para a segurança social.

(...)

Este aperto sobre a classe média - que não está isolada no esforço (ver ao lado) - é um dos factores, a par do desemprego sempre acima de 9%, que limita a contribuição do consumo privado (que vale dois terços da economia) para o crescimento até 2013. Portugal vai continuar a divergir durante os próximos quatro anos, crescendo sempre abaixo de 2%.

http://www.ionline.pt/conteudo/50160-classes-medias-vao-pagar-maior-factura-do-defice

Sem comentários:

Enviar um comentário