terça-feira, 12 de maio de 2020

QUARTEL MILITAR DE BOLSONARO SUSPENDE AULAS DEVIDO À COVID-19










"A forma irresponsável com que o presidente Bolsonaro tem tratado a pandemia do coronavírus tem produzido consequências devastadoras em redutos fieis à sua orientação: a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, enfrenta a aceleração desenfreada do contágio. Dos 118 casos registrados no município, 27 foram registrados na Aman.

Somente agora, após a crescimento descontrolado dos contágios, o comando da Aman tardiamente suspendeu as atividades de ensino. Em comunicado oficial, a instituição militar informa a suspensão das atividades de conteúdo programático entre os 8 e 27 de maio. Até então nem mesmo o uso de máscaras era exigido na cidade (...).

(...)

Foi na Aman que em novembro de 2014 o então deputado Jair Bolsonaro fez seu primeiro discurso se apresentando como postulante à presidência da República (...). Bolsonaro é ex-aluno da Academia, onde mantém importante reduto eleitoral. (...)"



in AGENDA DO PODER 
http://www.agendadopoder.com/lstarticle.aspx?id=2296
12/05/2020 12:14














Todos percebem o quanto se mostra difícil gerir a pandemia e ter presente a situação económica de qualquer país afectado pela pandemia de coronavírus.



Só olhar a saúde, desprezando o demais, o dia seguinte, pode trazer amargos de boca violentíssimos que não se deixarão de traduzir também em nefastas consequências no bem estar dos cidadãos em todas as vertentes, incluindo, necessariamente a saúde.

Só olhar a economia, os mercados, a livre circulação de pessoas, pode trazer também que de tanto se descurar a saúde das gentes, a pandemia tome proporções alarmantes que virão a trazer igualmente violentas e nefastas consequências às gentes, nomeadamente económicas.



O Brasil precisa de um equilíbrio, precisa de sabedoria, de bom senso. Precisa cuidar atentamente de proteger os cidadãos do contágio actualmente alarmante da população, tomando, de acordo com os valores de contágios confirmados, maior ou menos abertura dos mercados e das pessoas.

Infelizmente no Brasil politizou-se a pandemia. Defender um confinamento sério, cuidado e vigilante, é ser contra o presidente da república, é ser de esquerda, é ser um perigoso inimigo do país. Defender a economia a todo o custo e haja o que houver de contágios e mortes - no caso inevitabilidades - é ser bolsonarista, patriótico, de direita.


Outros que minimizaram a pandemia pagaram, ou estão a pagar bem caro a leviandade com que encararam o COVID-19. Estão neste caso, nomeadamente, os Estados Unidos que são o país com mais infectados no mundo e alguns países europeus, com especial destaque o Reino Unido.


Estima-se - muitas vezes mais que os números oficiais indicam - que o número de infectados no Brasil já ultrapassou o milhão e meio de pessoas, sendo mesmo aceitável em estudo já citado neste blog, que o seu número esteja acima de dois milhões.

E, absolutamente insensível ao que ocorre, Bolsonaro continua a considerar que a pandemia é uma fatalidade que deve ser submetida à economia, e ser aceite por todos como natural, até porque, segundo o mesmo, ataca apenas os idosos e deixa saudáveis e tranquilos os mais novos e saudáveis.
















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