sexta-feira, 8 de maio de 2020

COVID-19: O FUTURO ESTÁ CHEIO DE INCERTEZAS


COVID-19 e os tempos de incerteza: prepare-se mentalmente



Desconfinamento não significa o regresso à normalidade tal e qual a vivíamos. Prepare-se mentalmente para o COVID-19 e os tempos de incerteza à frente.

Teresa Campos, 5 de Maio de 2020







COVID-19 E OS TEMPOS DE INCERTEZA: SOBREVIVER À ANSIEDADE

Na semana passada, Chris Whitty, chief medical adviser (espécie de conselheiro médico) do Reino Unido, declarou que o distanciamento social tem de continuar, pelo menos, durante todo o presente ano de 2020. Já os canadianos, foram informados de que haverá limites nas viagens e ajuntamentos durante cerca de 1 ano e meio. Até Donald Trump admitiu recentemente que estas medidas de contenção, associadas à pandemia, podem continuar ao longo de todo o verão e mesmo para além dele.

Algumas regiões têm considerado abrir, gradualmente, as suas economias, seguindo o exemplo de alguns países asiáticos que, assim, conseguiram controlar o número de novas infecções. Porém, dezenas de especialistas afirmam que tal só é possível com muitas cautelas e que é impossível (ou altamente desaconselhável) voltarmos muito rapidamente às nossas vidas, como as conhecíamos.








Mas, afinal, como nos devemos comportar?

(...)

Ter planos é psicologicamente benéfico, pois mantém-nos entusiasmados e motivados em relação à vida. Contudo, neste momento, focarmo-nos no presente, no agora, nos próximos dias ou semanas, será o mais sensato, tendo em conta as circunstâncias.

Amelia Aldao recomenda que se siga aquele que é conhecido como o paradoxo de Stockdale: “esperar o melhor, preparando-se para o pior”. Assim, não podemos atravessar toda esta pandemia na expectativa de que a “normalidade” chegue a qualquer momento, pois isso só nos vai trazer sofrimento.








E como lidar com esse confronto com a realidade?

De acordo com esta psicóloga (Tasha Eurich), não conseguimos controlar o incontrolável, mas podemos criar o nosso próprio “plano de contingência”. Ou seja, sabendo que até existir uma vacina, será necessário perpetuar um certo isolamento, além de meras semanas, como é que podemos criar um plano que torne esta nova realidade segura, aceitável, agradável e “normal”?

A resposta está nesse tal plano ou planos individuais e coletivos, que tenham em conta circunstâncias tangíveis e objetivas que possam acontecer, mesmo que nem todas sejam agradáveis. A ideia não é ficar preso a pensamentos negativos, mas criar “planos B” para eles. Por exemplo, o que fazer se eu ou alguém adoecer; se o meu negócio não puder reabrir;… entre outros cenários.

Outro exercício que Tasha Eurich propõe é que nos imaginemos, daqui a alguns anos, com os nossos netos, e pensemos sobre como lhes responderíamos se eles nos perguntassem como foi viver esta pandemia. Isso ajuda a perceber aquilo em que nos queremos realmente focar no presente.

Para ela, mais do que ter esperança no futuro, é preciso ter gratidão em relação ao presente e, cada um, “agarrar-se” àquilo que tem de positivo na sua vida, seja família, saúde, trabalho, amor ou amizade.




inhttps://www.e-konomista.pt/covid-19-tempos-de-incerteza/?

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