terça-feira, 18 de abril de 2023

PORTUGAL E OS PORTUGUESES ENDOIDARAM DE VEZ?

Além da destruição (propositada por incapacidade, incompetência ou laxismo) da escola pública percebe-se também que as autonomias das universidades lhes permitem todas as obscenidades e ilegalidades possíveis como o assédio moral, o assédio sexual, a prepotência e a insindicância.




A comunidade científica aparentemente está perplexa. Um dos seus mais notáveis e conhecidos membros está a ser acusado de vários tipos de assédios que terão ocorrido no Departamento de Ciências Económico e Sociais da Universidade de Coimbra. Já demos conta em anterior publicação das inacreditáveis práticas que parecem ocorrer entre o mundo estudantil, sem que a lei, o governo e a vergonha consigam tomar medidas eficazes para quebrar de vez essas nefastas práticas, bem como acionar mecanismos para punir os criminosos.

O que é deveras constrangedor e nos mostra claramente a manutenção do status quo, é a inépcia do governo e da lei. Não há nem ordem nem justiça. Portugal nestas matérias está ao nível do terceiro mundo onde uns poucos tudo podem, os mais fracos tudo devem e têm de suportar, e onde essa ideia de direitos humanos, de dignidade humana e de civilização, não passam exatamente de quiméricos sonhos.

Vivemos numa democracia de diferentes. Aqui reina a desigualdade e uns são mais que outros. Já o vimos na justiça agora abordamos esse caos na educação. A ministra da educação sobre a matéria veio dizer que as instituições, a autonomia universitária, os mecanismos, tudo existe, para que as coisas se mantenham exatamente como elas são. Do governo absolutamente nada. Da Assembleia da República não consta que tenha entrado em ordem de trabalhos qualquer proposta de lei que venha a alterar estas aberrantes realidades que muita gente conhece, outra tanta esconde e muitos, coitados delas são vítimas.

O Ministério Público alega que nada pode fazer. Formalmente não há denúncia e está de mãos atadas. A justiça sabe das coisa mas a ignora. Pois bem, tudo o que são crimes perpetuados na área de administração governamental ou da administração pública, tais como hospitais, tribunais, escolas e universidades, entre outras, como são praticadas onde o iuris imperi deveria estabelecer a força do direito e o primado das leis, a obrigatoriedade de acionamento automático da máquina da justiça deveria ser regra imediata.
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Entretanto, vemos crescer o número de escolas privadas, exatamente porque a escola pública não responde com qualidade aos anseios de estudantes e suas famílias. A educação está abandonada a professores desmotivadas, mal tratados e humilhados publicamente A educação está enredada num novelo onde faltam professores, faltam mecanismos justos de aferição de qualidade e exista uma exigência nas matérias lecionadas aos alunos. A regra adotada é não reprovar o aluno. É mostrar número ilusionistas com sucessos escolares que só na cabeça do governo existe. As escolas não têm instalações que garantam o bem estar físico dos alunos. Faltam professores. Reina o facilitismo. 

Eu tenho para mim que esta é a estratégia que o governo não confessa mas norteia as suas práticas na educação como noutras áreas. Arrasar com a escola pública. Deixá-la cair tanto que não restará aos pais outra solução que não colocar os seus filhos nos colégios e outros estabelecimentos de ensino privados. E, deste modo, a máquina do estado perderá efetivos. O orçamento do estado gastará menos na implementação da educação aos portugueses. 

Aos poucos poderemos testemunhar um país muito parecido com aquele que tínhamos antes do 25 de Abril. Uma educação para ricos e outra para pobres e remediados. Tal qual se vai passar na saúde, já passa na justiça e abarcará toda a intervenção social do estado.

O governo é absolutamente incapaz ou está a fazer o jogo que lhe interessa. Mas inconfessavelmente...



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