quarta-feira, 7 de setembro de 2022

SERÁ FALTA DE ÉTICA, AUSÊNCIA DE PRINCÍPIOS E BAIXA POLÍTICA ENGANAR OS PENSIONISTAS?

 



Tenho para mim que o governo não se mostra coisa boa, confiável, de bem, quando no meio de tardias e fraquinhas medidas de apoio aos portugueses perante a inflação que se instalou no país e tem levantado dificuldades à grande parte da população, deixa, entre truques e malabarismos, os pensionistas a chuchar no dedo. Não faz qualquer sentido que o governo sob a aparente concordância do senhor presidente da república venha a terreiro desrespeitar a lei, dizer que dá quando não dá coisa nenhuma, atropelando e enganando os pensionistas, exatamente um grupo de pessoas que pela natureza das coisas se mostra mais débil e desprotegido.

É incompreensível tamanha insensibilidade e ingratidão. Atacar exatamente os mais fracos e da maneira mais vil e cobarde, pela calada, dissimuladamente, entre sombras. Não é por acaso que o logro aos pensionistas invadiram as conversas de café, os jornais, os canais televisivos e as redes sociais. Ao desgaste e desnorte dos socialistas junta-se agora a sem vergonha, a frieza, o golpe atroz pelas costas.


“Iludem por convicção. Disfarçam por instinto. Dissimulam por natureza. Endrominam porque são assim. Falseiam porque compensa. Aldrabam porque essa é a sua política. Somos governados por gente sem escrúpulos que acredita piamente que vale a pena enganar tudo e todos até mais não poder”, escreveu o antigo deputado pelo Partido Social Democrata (PSD), Carlos Abreu Amorim, na sua página do Facebook.


Nas medidas que o governo apresentou tarde e a más horas para mitigar o efeito nefasto da inflação, das consequências que ficaram da pandemia e do aumento da energia  e combustíveis resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra que persiste, pode concluir-se, a bem da verdade, que a montanha pariu um rato, face às expectativas que se geraram e tendo presente o que se tem visto sobre essas ajudas um pouco pela Europa.

Não surpreende a pequenez das iniciativas pois decorre de modo claro que gente pequena dificilmente consegue realizar grandes coisas. Mas o que tem deixado grande perplexidade e muita inquietação é o logro, pois não se trata de outra coisa, que o bom governo faz aos reformados e pensionistas não os ajudando em absolutamente nada. O bom Costa, com aquele sorriso cínico ou travesso que todos já conhecemos, representa fielmente o rocambolesco papel da cenoura presa na ponta da vara que o burro persegue em aguerrida correria sem que possa apanhá-la.

A cenoura é a ajuda que se dá aos pensionista que nada é, dito de outro jeito, é igual a zero. O burro, pelos vistos é o que o governo pretende dissimuladamente criar, é representado por todos esses pensionistas que, legitimamente, sendo ainda portugueses e de igual valia aos demais cidadãos (por enquanto), mereciam pequeno que fosse, algum auxílio, nesta hora em que todos reclamam apoio.

Em bom rigor a cenoura é a ajuda que não se chega a realizar porquanto o governo não dá um único cêntimo aos pensionistas. Apesar do ar simpático do bom Costa, do seu sorriso cheio de bonomia, e de ter tido daqueles a quem agora trapaceia um esplêndido e confiante apoio para a sua governação, a ingratidão mostra-se numa fria antecipação, e nada mais que isso, do montante a que os pensionistas, por lei que o maravilhoso governante garantia cumprir, dos aumentos de pensões para 2023. 

Sendo isso e nada mais o governo socialista afasta dos apoios por sua estratégia e interesse os pensionistas, nada os presenteando para fazerem face a esta época de grande tensão. Até aqui tudo certo. A decisão é de quem tem legitimidade para a tomar, os benefícios são para quem o governo acha que deles necessita ou deles é merecedor. Mas o governo, sendo pessoa de bem, deveria garantir o cumprimento da tal lei que o primeiro ministro perante todos os portugueses dizia respeitar, aumentando os pensionistas no valor legal e mensalmente àquele valor subtraía o que tinha adiantado. Um governo que fala de contas certas agiria assim.

Os pensionistas não só não recebiam qualquer benefício, apenas um adiantamento para entreter, como assumindo os custos desse benefício duvidoso, pagariam, honradamente em sem falhas, cada mês, a reposição da piedosa disposição antecipada benesse.

Mas o governo não vai aumentar os pensionistas como a lei determina e o senhor Costa publicamente nos canais televisivos sustentava respeitar. O governo vai dar aumentos menores, metade para ser bem claro do que o legalmente esperado, determinando, deste modo, que o valor das pensões, que servirão obviamente de base para futuros aumentos, seja reduzida. 

Em síntese, o Governo não dá nada aos pensionistas, engana-os, e prepara-se para os prejudicar gravemente no futuro. deitando às malvas a lei que determinava que o valor da atualização das pensões deveria refletir a inflação e a produtividade, e fazendo-os perder na realidade ano sobre ano, até ao fim das suas vidas.







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