A coragem, o amor que existe em nós, o direito, a vontade de criar, permitem a ideia de construção de um mundo em liberdade e uma vida feliz numa terra sã e maravilhosa.
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
PORTUGAL TRANSFORMOU-SE NUMA DISNEYLÂNDIA PARA MILIONÁRIOS?
domingo, 18 de setembro de 2022
UMA PRESIDÊNCIA SEM FUTURO, IMEDIATISTA E AO SABOR DAS SONDAGENS
Sei que pode parecer ousadia ou mesmo um rasgo nítido de loucura expressar o quanto o desempenho no cargo para o qual os portugueses o elegeram, de Sua Excelência o Senhor Professor Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portuguesa, me tem desiludido. E muito.
Honestamente, confesso que esperava mais de alguém reconhecido por possuir uma cultura muito acima da média e uma inteligência que todos lhe reconhecem. Um homem com passado mas, em abono da verdade, sem feitos excepcionais. Foi um líder do PPD pouco relevante. Foi um candidato derrotado à presidência da Câmara de Lisboa. Não me recordo que tenha desempenhado qualquer alto cargo com brilhantismo.
Mas foi sempre popular. Muitíssimo popular entre os estudantes. Era pecado mortal faltar às aulas sempre animadas e repletas. Corrigia os pontos dos alunos das aulas práticas e permitia a nota de 15 aos alunos do primeiro ano sem necessidade de qualquer exame de melhoria. Convidava os seus jovens alunos para o jantar convívio pelo Natal.
Tornou-se conhecido e popular depois de anos na direção do semanário Expresso, como político e anos a fio como comentador na televisão. Era visita assídua nos lares dos portugueses.
Parece um anjo da guarda do primeiro-ministro de quem reza, foi professor. Parece ter trocado a família política onde sempre esteve colocado por popularidade e boas sondagens nos media. Os seus actos parecem guiados por populismos momentâneos, pelos momentos, pelas situações que vão ocorrendo, pelo imediatismo.
Mesmo o ser presidente de todos os portugueses, atento a todas as tragédias, fraterno, humano, leal, imagino que sejam tocadas, algumas vezes pela presença dos media, pelos canais de televisão, pelo que é ou não notícia. O mesmo sucede, naturalmente, com a serenidade que se mostra de um presidente que anda só por todo o lado, faz compras no supermercado, vai ao café, anda nas ruas e vai tomar uma banhoca nas praias. Os seguranças - criteriosamente escolhidos, pagos pelo erário público e obrigados a disciplina férrea - ficam de folga, enquanto, curiosamente, os profissionais de televisão estão lá.
Retiro do Observador, Macroscópio, partes do trecho de
José Manuel Fernandes
(...) porque depois de tantos anos e tantos solavancos este doce viver português assemelha-se cada vez mais à história da rã que, deliciada com a água que vai aquecendo ao lume, se deixa morrer cozida. |
A equiparação que Marcelo Rebelo de Sousa fez em Angola entre as discussões em Portugal, em 2015, por causa da legitimidade política de uma maioria, e o debate em Angola sobre a legitimidade democrática de uma eleição, não é apenas um passo em falso, mais um: é uma comparação que coloca um regime democrático como o nosso no mesmo patamar do regime iliberal de Luanda. Na minha perspectiva não é uma frase que apenas nos envergonhe, porque Marcelo afinal é o nosso Presidente – é uma frase que nos amesquinha e apouca. |
Começo a pensar que Marcelo na Presidência não é apenas uma inutilidade, aqui e além um embaraço – com o passar dos meses e o acumular do desnorte começa a ser um problema. |
CITAÇÕES PARA REFLECTIR
"Em alturas como estas é errado beneficiar com a guerra e receber lucros extraordinariamente altos"
Ursula von der Leyen
"Não há truque nenhum (com a atualização das pensões), nem retórica coisa nenhuma (...). Vamos fazer a negociação colectiva mas (os funcionários públicos) não vão com certeza ter aumentos de 7,4 %. O referencial que devemos ter é a inflação de 2 %."
António Costa
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
COMPLICADAS POLÍTICAS LESAM OS PENSIONISTAS?
Os que se expressaram em nome dos partidos da oposição, sem exceções, da esquerda à direita, dos que defendem a democracia aos que juram cumprir a carta, todos reiteram que as medidas que o governo apresenta para começarem a vigorar já em outubro, não são mais que truques de mágica, sombras, enredos e muitos enganos. O rei vai nu e os pensionistas vão pagar caro, e da mais vil maneira, perdendo mais uma vez o direito ao que o senhor Costa tinha já garantido, o cumprimento da lei, e que se propõe, neste momento a não cumprir. Enganando os pensionistas, mostrando a todos que isto de mentir ao povo é coisa corriqueira entre a classe política, sendo a gente da governação mais que pouco fiáveis uns verdadeiros "aldrabões".
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
SERÁ FALTA DE ÉTICA, AUSÊNCIA DE PRINCÍPIOS E BAIXA POLÍTICA ENGANAR OS PENSIONISTAS?
Tenho para mim que o governo não se mostra coisa boa, confiável, de bem, quando no meio de tardias e fraquinhas medidas de apoio aos portugueses perante a inflação que se instalou no país e tem levantado dificuldades à grande parte da população, deixa, entre truques e malabarismos, os pensionistas a chuchar no dedo. Não faz qualquer sentido que o governo sob a aparente concordância do senhor presidente da república venha a terreiro desrespeitar a lei, dizer que dá quando não dá coisa nenhuma, atropelando e enganando os pensionistas, exatamente um grupo de pessoas que pela natureza das coisas se mostra mais débil e desprotegido.
É incompreensível tamanha insensibilidade e ingratidão. Atacar exatamente os mais fracos e da maneira mais vil e cobarde, pela calada, dissimuladamente, entre sombras. Não é por acaso que o logro aos pensionistas invadiram as conversas de café, os jornais, os canais televisivos e as redes sociais. Ao desgaste e desnorte dos socialistas junta-se agora a sem vergonha, a frieza, o golpe atroz pelas costas.
“Iludem por convicção. Disfarçam por instinto. Dissimulam por natureza. Endrominam porque são assim. Falseiam porque compensa. Aldrabam porque essa é a sua política. Somos governados por gente sem escrúpulos que acredita piamente que vale a pena enganar tudo e todos até mais não poder”, escreveu o antigo deputado pelo Partido Social Democrata (PSD), Carlos Abreu Amorim, na sua página do Facebook.
Nas medidas que o governo apresentou tarde e a más horas para mitigar o efeito nefasto da inflação, das consequências que ficaram da pandemia e do aumento da energia e combustíveis resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra que persiste, pode concluir-se, a bem da verdade, que a montanha pariu um rato, face às expectativas que se geraram e tendo presente o que se tem visto sobre essas ajudas um pouco pela Europa.
Não surpreende a pequenez das iniciativas pois decorre de modo claro que gente pequena dificilmente consegue realizar grandes coisas. Mas o que tem deixado grande perplexidade e muita inquietação é o logro, pois não se trata de outra coisa, que o bom governo faz aos reformados e pensionistas não os ajudando em absolutamente nada. O bom Costa, com aquele sorriso cínico ou travesso que todos já conhecemos, representa fielmente o rocambolesco papel da cenoura presa na ponta da vara que o burro persegue em aguerrida correria sem que possa apanhá-la.
A cenoura é a ajuda que se dá aos pensionista que nada é, dito de outro jeito, é igual a zero. O burro, pelos vistos é o que o governo pretende dissimuladamente criar, é representado por todos esses pensionistas que, legitimamente, sendo ainda portugueses e de igual valia aos demais cidadãos (por enquanto), mereciam pequeno que fosse, algum auxílio, nesta hora em que todos reclamam apoio.
Em bom rigor a cenoura é a ajuda que não se chega a realizar porquanto o governo não dá um único cêntimo aos pensionistas. Apesar do ar simpático do bom Costa, do seu sorriso cheio de bonomia, e de ter tido daqueles a quem agora trapaceia um esplêndido e confiante apoio para a sua governação, a ingratidão mostra-se numa fria antecipação, e nada mais que isso, do montante a que os pensionistas, por lei que o maravilhoso governante garantia cumprir, dos aumentos de pensões para 2023.
Sendo isso e nada mais o governo socialista afasta dos apoios por sua estratégia e interesse os pensionistas, nada os presenteando para fazerem face a esta época de grande tensão. Até aqui tudo certo. A decisão é de quem tem legitimidade para a tomar, os benefícios são para quem o governo acha que deles necessita ou deles é merecedor. Mas o governo, sendo pessoa de bem, deveria garantir o cumprimento da tal lei que o primeiro ministro perante todos os portugueses dizia respeitar, aumentando os pensionistas no valor legal e mensalmente àquele valor subtraía o que tinha adiantado. Um governo que fala de contas certas agiria assim.
Os pensionistas não só não recebiam qualquer benefício, apenas um adiantamento para entreter, como assumindo os custos desse benefício duvidoso, pagariam, honradamente em sem falhas, cada mês, a reposição da piedosa disposição antecipada benesse.
Mas o governo não vai aumentar os pensionistas como a lei determina e o senhor Costa publicamente nos canais televisivos sustentava respeitar. O governo vai dar aumentos menores, metade para ser bem claro do que o legalmente esperado, determinando, deste modo, que o valor das pensões, que servirão obviamente de base para futuros aumentos, seja reduzida.
Em síntese, o Governo não dá nada aos pensionistas, engana-os, e prepara-se para os prejudicar gravemente no futuro. deitando às malvas a lei que determinava que o valor da atualização das pensões deveria refletir a inflação e a produtividade, e fazendo-os perder na realidade ano sobre ano, até ao fim das suas vidas.