O vulgo portuguesinho de gema quando é para menosprezar alguém que sobressai e faz obra, e brilha entre os demais, têm uma memória prodigiosa, e vai buscar todo o tipo de argumentos e justificações para tirar o brilho a quem tem luz própria.
Em bom rigor deveriamos ser muito mais saloios - foram as palavras com que classificaram todos aqueles que se renderam ao golo formidável do portugiuês - e aplaudir e adorar a genialidade, a honra, a integridade, a qualidade, e desejar sempre mais, um país gente boa, com seres inteligentes, sábios, com obra feita nos quatro cantos do mundo, um país com justiça, com educação, com democracia, com boa convivência.
Mas infelizmente estamos parece que condenados a uma espécie de eterna mediocridade. No meio da escuridão quando brilha algum raio de sol, em vez de reconhecimento e algum perdoável e entendido endeusamento, parece que nos vem ao de cima os recalcamentos da nossa infindável pequenez.
E encontramos todo o tipo de justificações para destruir alguém que leva no nome de Portugal a todos os cantos do mundo.
Não se trata de clareza, trata-se de gostarmos de viver na desgraça, na miséria, no lixo, e quando alguém traz luz, ficamos cegos, e queremos destruir essa ideia luminosa.
Os portugueses sempre foram pródigos em desprezar e abandonar homens bons.
Pois eu reafirmo, Portugal só foi digno de ser observado e respeitado em toda a sua história quando foi governado por seres prodigiosos. E muitos deles foram arrasados.
A luz ofusca, e afinal o país que temos não é obra de uma classe política completamente ineficaz, é obra dos milhões de Josés que adoram amesquinhar o que deve ser respeitado, acarinhado e assumido por todos.
Agradeço ao Cristiano Ronaldo ser exatamente o que é.
Histórias da carochinha sempre vão alimentar o ego de inúteis. O país está cheio deles. Nota-se.
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