Depois, basicamente porque os cidadãos não se revêm com os governos e com os parlamentares, porque os cidadãos percebem que a justiça nem sempre é cega e trata uns de maneira diferente que outros, saltam aqui e ali, cada vez mais e mais fortes populismos, radicalismos de todo o tipo, de esquerda e de direita, de características aceitáveis ou duvidosas no que respeita ao primado das leis e do direito.
Depois, em boa verdade, a classe política vive afastada e alheada do vida dos cidadãos. Os políticos profissionalizam-se. Tornam-se senhores e mostram-se, muitas vezes, acima do vulgo. Os maiores e principais problemas que assolam os cidadãos não são resolvidos ou são mesmo desprezados. A arte da política não está na boa governação, na resolução dos problemas, em reformas tendo em conta edificar um futuro mais próspero, mas na manutenção do poder. Seja a que preço for. E para isso se apropria a administração pública, o aparelho do estado e as demais instituições.
Tais comportamentos não são compatíveis com a ideia de democracia. É, sem qualquer dúvida uma partidocracia, tirânica, ou melhor expressa, a tirania dos partidos.
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