terça-feira, 31 de março de 2020

COVID - 19: AS DEMOCRACIAS OCIDENTAIS LIMITARAM-SE A ESPECULAR


FRAGILIDADES
DAS DEMOCRACIAS OCIDENTAIS
FACE À PANDEMIA DE CORONAVÍRUS





No velho continente e em terras do novo mundo muitos apelidaram de medidas autoritárias e excessivas aquelas que levaram ao confinamento em casa de 950.000 pessoas na China.

Olhando de longe para o oriente muitos consideraram ser de extrema violência autorizar durante a quarentena na China a saída de casa de uma só pessoa por família e uma vez por semana.


Muitos se interrogaram e mostraram espanto quando a China informou o mundo que em 10 dias ia construir dois hospitais com mil camas cada.

Em democracia a liberdade de expressão quase não tem limites, (salvaguardam-se cuidadas excepções consagradas em lei), e muito se disse e escreveu sobre a China e os chineses, do seu polémico regime e dos seus comportamentos e atitudes, incompreensíveis e estranhas para muitos.

Este estado de emergência adoptado pelo regime chinês tinha unicamente um fito, controlar a pandemia que lhes parecia ameaçadora a todos os níveis. O virús infectava cada dia mais chineses, a vida social, empresarial e económica foi paralizando. 

Perante um caos que parecia querer tomar conta de tudo em seu redor o governo chinês tomou medidas rigorosas, imediatas e concretizou no terreno um conjunto amplo de acções e medidas, envolvendo milhares de técnicos e especialistas, disponibilizando um sem número de recursos em equipamentos e tecnologias.

A China confinou a pandemia de coronavírus a que se propunha. O seu esforço titânico não conseguiu evitar até hoje um número de cidadãos infectados que ultrapassa as 82.000 pessoas. Destas, vieram a falecer 3.187.







Hoje, último dia do mês de Março, temos a pandemia praticamente em todos os países do mundo. Os dados conhecidos deixam-nos perceber o modo como afectou povos e nações em todos os continentes. Assinalo os países onde a pandemia é mais expressiva, mais violenta, e onde mais danos tem causado, em vítimas humanas, mortos e infectados.


EUA - 148.089 infectados e cerca de 3000 mortes

Itália - 101.739 infectados e 11.591 mortes


China - 82.276 infectados e 3.187 mortes

Espanha - 94.417 infectados e 8.189 mortes

Alemanha - 67.051 infectados e 682 mortes

França - 45.171 infectados e 3.024 mortes

Reino Unido - 22.448 infectados e 1.408 mortes

Portugal - 7443 infectados e 160 mortes

Brasil - 4.661 infectados e 165 mortes






Há uma primeira nota a ter em conta. Três países ultrapassaram, sem que pareça compreensível, o número de vítimas da China. Mesmo admitindo que os dados conhecidos daquele país possam merecer muitas reservas, não deixa de nos deixar apreensivos, confrontarmos os números de vítimas ocorridas na Itália, na Espanha e nos Estados Unidos.


Em qualquer destes três países a pandemia está ainda longe do pico esperado, o que quer dizer que ainda vamos assistir a um crescimento exponencial até que se atinja a curva descendente.


Estes países são democracias, são países considerados dos mais ricos e civilizados do mundo. Apesar das suas diferenças, qualquer deles poderia ter evitado que esta tragédia tivesse atingido estas proporções e que tanta gente fosse atingida e que a vida social e económica estivesse a sofrer pesados abalos.






Em bom rigor, os chineses com as suas atitudes e comportamentos, com o regime excepcional que executaram, com o isolamento imposto a milhões de cidadãos e a paralização geral em áreas significativas do seu território, conseguiram estancar o hediondo vírus.

Para já, mesmo tendo em conta que só nos poderemos dar por salvos dessa coronavírus quando for conhecida a vacina, e existirem medicamentos eficazes para os que eventualmente forem infectados, poderemos considerar que a China venceu a pandemia de um modo eficaz.

A China soube perceber o coronavírus, soube prever as consequências que a mesma ameaçava e, em face dessa realidade, atuou com vigor, com rigor e com todos os meios de que dispunha.

A China mostrou ao mundo porque se posiciona claramente para sair desta crise mundial posicionada no lugar cimeiro que à muito tempo desejava atingir. 

Provavelmente a China vai sair de toda esta crise em muito melhores condições que as nações com quem rivaliza economicamente. 







COVID-19: MAPA DA SITUAÇÃO MUNDIAL (ACTUALIZADO)

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/a-evolucao-da-covid-19-no-mundo_i1213866






A 2 de Abril pode constatar-se que depois de 42 dias do aparecimento do doronavírus na China, e ao 29.º de desseminação da doença em Portugal, a situação no que respeita ao número médio de mortes por dia é a seguinte:

Portugal tem uma média de 221 novos casos por dia (mas tem que se considerar ter o menos número de dias de evolução da doença).

Nesta data os dados referentes aos demais países são:

- Itália: 1668 casos novos por dia

- Espanha: 1426 casos novos por dia

- Alemanha: 983 casos novos por dia

- França: 626 casos novos por dia

- Estados Unidos: 2.064 novos casos por dia

Como verificado os Estados Unidos apresentaram o maior número médio de novos casos por dia, mas também apresenta o maior número de novos casos num só dia - 19.332.






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