terça-feira, 3 de março de 2020

AINDA PODEMOS ACREDITAR NA JUSTIÇA PORTUGUESA?

Operação Lex. "É a maior machadada na reputação da Justiça portuguesa"

Miguel Sousa Tavares comentou o caso, esta segunda-feira, no Jornal das 8, da TVI.


Miguel Sousa Tavares afirmou, esta segunda-feira, no espaço de comentário semanal no Jornal das 8, da TVI, que a Operação Lex e as suspeitas que recaem sobre o presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Orlando Nascimento, são “um enorme escândalo para a Justiça portuguesa”.
“Estamos perante um tribunal em que há já quatro magistrados suspeitos de crimes e vai aparecer mais um quinto com certeza […]. Perdeu-se de vez o decoro e isto é incrível porque estes são os homens que nos julgam. São os homens a quem entregamos os nossos casos, são os homens sobre os quais comparecemos a pedir justiça e temos que confiar nesta gente se não, não confiamos em ninguém”, apontou o comentador.










Mais. Para Miguel Sousa Tavares esta é mesmo “a maior machadada na reputação da Justiça portuguesa” e constituem um “dano de reputação irreparável”.
Perante isso, o também escritor, admite ter esperança que o Conselho Superior da Magistratura, que esta terça-feira se reúne em plenário para analisar o caso dos sorteios eletrónicos do Tribunal da Relação de Lisboa e analisar os primeiros resultados das averiguações, “seja verdadeiramente implacável”.
Quanto o pedido de demissão do cargo de presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, apresentado esta segunda-feira, por Orlando Nascimento, Sousa Tavares diz que esta era a única decisão a tomar por parte do juiz desembargador. “Era uma decisão que se impunha”, atira.
Na última semana foi revelado que o ex-presidente da Relação de Lisboa Vaz das Neves foi constituído arguido por suspeitas de corrupção e abuso de poder no âmbito da Operação Lex, que tem como principal arguido o desembargador Rui Rangel.
Um outro caso envolve o atual presidente da Relação de Lisboa, Orlando Nascimento, por alegadamente ter autorizado o uso do salão nobre daquele tribunal para a realização de uma arbitragem (resolução privada de litígios) realizada pelo seu antecessor.
in POLITICAAOMINUTO

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